O Centro, que pode ser acessado pela internet (www.ciflorestas.com.br), também apresenta uma relação de links ligados aos segmentos da cadeia produtiva de base florestal. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).
De acordo com o secretário-adjunto da Agricultura, Paulo Romano, “a integração desse grupo com entidades do setor privado mostra a importância de ações diversificadas para o desenvolvimento da cadeia”. Ele ressalta a importância do suporte acadêmico na geração de informações para o CIFlorestas, que tem a proposta de fortalecer as iniciativas que levem ao desenvolvimento sustentável da produção de florestas no Estado. “O centro oferece informação atualizada, análises e a possibilidade de interação da cadeia produtiva de base florestal e os diversos componentes da economia do setor. Os assuntos disponibilizados se referem aos aspectos econômicos, comerciais, técnicos, ambientais, culturais, sociais e legais de interesse dos agentes do sistema agroindustrial de base florestal”, acrescenta.
Por meio do CIFlorestas, a cadeia produtiva de base florestal do Estado é estimulado a gerar tecnologias, processos e mecanismos que ajudem o setor a manter um alto padrão de competitividade. “O Centro de Inteligência aponta, também, para os pequenos e médios produtores, a perspectiva de integrar suas atividades à produção florestal com o objetivo de aumentar a renda e melhorar o nível de vida, oferecendo ainda vantagens para a preservação ambiental”, assinala o secretário-adjunto. Uma das recomendações apresentadas com maior ênfase, segundo Romano, é para a adoção de reflorestamentos com eucalipto. Ele enfatiza que “esse segmento apresenta grande viabilidade técnica e econômica”.
Qualidade e mercado
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez, “o CIFloresta possibilita o acesso a informações fundamentais para ajudar os agentes dessa cadeia produtiva a tomar decisões”. Albanez acrescenta, com base em dados do MDIC, que o produto das florestas plantadas de Minas Gerais alcança atualmente mais de 50 países. A Holanda, principal destino dos produtos florestais do Estado, possibilitou em 2008 uma receita de US$ 136,3 milhões. O produto enviado à China rendeu quase US$ 117,7 milhões. Já os negócios com o Japão, terceiro maior comprador, alcançaram US$ 117,3 milhões. Nos Estados Unidos, as madeiras produzidas em Minas geraram um movimento da ordem de quase US$ 65 milhões.
Segundo o superintendente, “esses números mostram o potencial do Estado, que detém a posição de líder como reflorestador.” Minas Gerais tem 1,36 milhão de hectares ocupados com florestas plantadas. Portanto, esse cultivo responde por 1,12% do território mineiro e representa cerca de 25% da área reflorestada do Brasil. “Os plantios anuais em Minas, entre empreendimentos próprios e de fomento, multiplicaram-se quase seis vezes na última década. Houve um salto de 35.789 novos hectares plantados em 1999 para os 198.500 hectares alcançados em 2008. O aumento registrado foi de 580%”, assinala Albanez.