Cerca de 57% dos roubos consumados e tentados registrados entre janeiro de 2014 e maio deste ano nos 853 municípios de Minas Gerais aconteceram em Belo Horizonte e outros cinco municípios, sendo eles Contagem, Betim, Sete Lagoas, Ribeirão das Neves e Santa Luzia.
A capital mineira possui sozinha 36% dos crimes registrados no levantamento feito pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), divulgado nesta terça-feira (13). As cinco cidades que completam os seis municípios com a maior proporção de roubos somam 21% do total registrado no Estado. Ainda conforme o levantamento, pelo menos metade destes casos tiveram pedestres como vítimas.
Em BH a proporção de pedestres roubados é ainda maior, chegando a 54% do total, sendo que em algumas Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC’s) esse índice supera os 70%. Os dados fazem parte dos Diagnósticos de Incidência de Roubos, produzido pela Seds por meio do Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds). O levantamento referente à capital foi divulgado pela pasta em julho deste ano.
Destes cinco municípios, Contagem, que detém 2,9% da população do Estado, é o que traz o maior índice de roubos consumados e tentados, com 11% do total. Lá foram identificadas oito Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC’s), que concentraram 27% do total de registros apesar de representarem apenas 5% da superfície de Contagem.
Isoladamente, a ZQC João César de Oliveira, dominada pela avenida de mesmo nome, na região do Eldorado, concentrou 12,5% das ocorrências de roubos consumados e tentados na cidade. Trata-se de uma área de quatro quilômetros quadrados, o que corresponde a 2% do território do município. A área foi considerada de alta concentração de roubos, com um índice de 1,8 registros por metro quadrado.
Betim foi o cenário de 5,1% dos roubos consumados e tentados ocorridos em Minas Gerais neste período. O conjunto de quatro Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC’s): Região Central (9,54%), com alta incidência, Jardim das Alterosas (3,47%), Laranjeiras (2,5%) e São Caetano (2,2%), com média incidência, contribuiu com 17,7% do total de registros desses tipos de crime no município.
Na ZQC Região Central, especialmente nas imediações das avenidas Governador Valadares, Amazonas e Edméia Matos Lazzarotti, a densidade de roubos consumados e tentados foi de 1,2 por metro quadrado no período sob análise, numa área que representa apenas 1,7% da superfície do município. O pedestre foi o alvo em 54,2% dos casos na ZQC, seguido do motorista ou passageiro de ônibus ou táxi, 11,6%; dos veículos (11,4%) e do cliente ou funcionário de estabelecimento (9,6%).
O município de Sete Lagoas contribuiu com 2,4% das ocorrências de roubos consumados e tentados de Minas Gerais. Nada menos do que 34% dos registros na cidade se concentraram numa única ZQC, a Região Central, que abarca apenas 1,5% do território do município. O núcleo da ZQC foi a Praça Barão do Rio Branco.
Os pedestres também foram os principais alvos dos bandidos, com 55,1% dos registros, seguido do estabelecimento comercial ou de serviços, com 15,1%; do cliente ou funcionário de estabelecimento, 11,1%; do motorista ou passageiro de ônibus ou táxi, 6,3%, e dos veículos, 5,3%.
Ribeirão das Neves e Santa Luzia, as duas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte correspondem a 2,4% dos roubos do Estado, sendo 1,4% para Neves e 1% para Santa Luzia. Na primeira cidade, quase 24% desses tipos de crimes ocorreram na ZQC Justinópolis, que faz divisa com a capital e compreende 4% da superfície do município. Em ordem decrescente de incidência apareceram as ZQC’s Centro, com aproximadamente 6%, e San Genaro, com cerca de 5%.
Em Santa Luzia a única área que apresentou incidência suficiente de roubos para justificar a classificação de Zona Quente de Criminalidade foi a faixa dominada pela avenida Brasília, na Região do São Benedito. A ZQC concentrou 27,5% das ocorrências de roubos, embora represente apenas 0,66% da área do município.
Com Secretaria de Defesa Social