
A biblioteca digital é uma iniciativa da Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Governança Eletrônica da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão(E-Gov Minas/Seplag), Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Passo à frente
O presidente da Fundação João Pinheiro, Afonso Henriques Borges Ferreira, abriu a solenidade destacando o esforço das instituições participantes em concretizar o projeto biblioteca digital. “Essa biblioteca significa um passo à frente no tratamento da informação nas diversas instituições públicas do Estado”, disse.
Ele lembrou o papel importante desempenhado pelo professor Raymundo Nonato de Castro, que dá nome à biblioteca e foi o primeiro diretor geral do Escritório Técnico de Racionalização e Administração (ETRA), que viria a se transformar na Prodemge. Raymundo Nonato de Castro foi responsável pela implantação do primeiro centro de processamento de dados da administração direta, tendo elaborado a carta estratégica da reforma administrativa do Estado, primeiro documento a estabelecer as diretrizes gerais para a racionalização administrativa de Minas Gerais.
Preservando a História
A bibliotecária Joana D’arc Ferreira Inácio, gerente da biblioteca da FJP e coordenadora da biblioteca digital, informou que a partir de agora qualquer pessoa poderá ter acesso a um grande acervo, inclusive a chamada “literatura cinzenta”, composta de bibliografias consideradas restritas e de difícil acesso. “A biblioteca digital conterá toda a produção bibliográfica do Estado, guardando parte da história contemporânea de Minas Gerais. Por enquanto o acervo é composto por arquivos da FJP, Secretaria de Estado de Defesa Social e pelas bases da Fapemig, mas o objetivo é que gradualmente outras instituições também disponibilizem seus acervos, que serão avaliados e disponibilizados pela FJP”, disse.
Ela lembrou que as próprias instituições deverão preparar os acervos e enviá-los já digitalizados à Fundação João Pinheiro. Ela informou que no futuro, novos acervos e outros tipos de mídias serão acoplados à biblioteca digital e entidades privadas, como ONGs, por exemplo, poderão participar da biblioteca digital, desde que seus acervos abordem o Estado de Minas Gerais e ainda não tenham sido publicados.
Maior interatividade
“A gestão documental está na agenda estratégica do governo, por enquanto na Administração Direta, mas logo estará também na administração indireta”. Foi o que afirmou Rodrigo Diniz Lara, diretor da Central de Gestão da Informação da Superintendência Central de Governança Eletrônica da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Ele explicou que a biblioteca digital faz parte dos objetivos do Estado de aumentar a interatividade nos serviços para os cidadãos.
Segundo ele, até maio de 2010, as instituições do estado terão à disposição o software AURUS, uma plataforma robusta para o gerenciamento de serviços de Tecnologia da Informação (TI), que permite implementar qualquer processo organizacional e adaptá-lo às necessidades da organização. É uma ferramenta aplicável em diversas áreas, que garante aumento na produtividade, melhor controle de seus processos e ajuda a construir melhores práticas de gestão de serviços.
Acesso virtual
Para o diretor de Negócios da Prodemge, Nathan Lerman, a biblioteca digital chega no “momento propício para nos posicionarmos sobre para onde a Tecnologia da Informação (TI) vai nos levar, já que o mundo digitalizado faz parte de nosso dia a dia”. De acordo com Nathan, a iniciativa é também de suma importância para os gestores do estado, que terão acesso às diversas informações produzidas nas instituições.
Opinião semelhante tem Rodrigo Santos, analista de sistemas do projeto Biblioteca Virtual do Estado de Minas Gerais. Para ele, uma das vantagens é que o acesso ao acervo da biblioteca digital “será por 24 horas, à distância e por diversos usuários simultaneamente e, por ser virtual, contribuirá para a preservação dos documentos, evitando seu manuseio e extravio”.
Atualmente, a biblioteca digital disponibiliza informações de Administração, que englobam trabalhos de Planejamento e Gestão, Economia e Políticas Públicas; Ciência e Tecnologia, com acervos de Planejamento Urbano, Estatística e Saúde; e Informática Pública, contendo dados de Biblioteconomia e Segurança. “Só a memória técnica da FJP soma 5.000 trabalhos técnicos, 5.000 mapas e plantas, 900 páginas documentais e 1.200 fotografias”, informou Rodrigo. Ele disse também que a próxima instituição a disponibilizar seu acervo virtual será o Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).