O surto de febre amarela em Minas Gerais parece ter perdido força. O boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) revela que, até o momento, são 1.124 notificações para a doença. Este é o mesmo número dos levantamentos das últimas duas semanas. Ou seja, desde 21 de março não há novas notificações no estado.
Dos 1.124 registros, 491 foram descartados e 392 são casos confirmados. O boletim registra também que 140 mortes tiveram resultados positivos para febre amarela, enquanto outras 64 seguem em investigação. Ao todo, 59 cidades mineiras tiveram transmissão da doença confirmada e 99 registram casos suspeitos. Sete Lagoas não tem nenhuma notificação para a febre amarela.
O atual surto é considerado o maior no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. A situação mais grave havia ocorrido em 2000, quando morreram 40 pessoas em todo país.
A febre amarela é uma enfermidade que atinge humanos e macacos e é causada por um vírus da família Flaviviridae. No meio rural e silvestre, o vírus é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas Gerais é considerado urbano.
A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje (5), O Ministério da Saúde decidiu adotar orientações internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar apenas uma dose. Até então, era recomendada uma segunda dose após 10 anos da primeira.
Da Redação com Agência Brasil