Para a coordenadora do Sine Floresta, Mônica Duarte, a falta de qualificação dos mais jovens pode ser um dos motivos de algumas empresas optarem por profissionais mais experientes. “Muitas empresas buscam pessoas com mais idade em razão da experiência. Existe a demanda por esses profissionais e eles têm experiência,” avalia.
O pedreiro Jeci dos Reis, 60 anos, é um dos profissionais que conseguiram colocação por meio do Sine. “Trabalhava por conta própria e resolvi procurar emprego com carteira assinada. Fui a um posto do Sine e tudo foi muito rápido. Se tem a vaga, a empresa contrata mesmo. Antigamente tinha discriminação pela idade, mas hoje isso diminuiu muito, uns 40%”, arrisca.
Jeci deixa um recado para os trabalhadores que têm receio de procurar emprego, em razão da idade. “Essas pessoas têm que ir em frente porque, com certeza, tem muita vaga no mercado”.
Sine
Os postos do Sine prestam serviços gratuitos com o objetivo de melhorar as condições de acesso, permanência ou retorno do trabalhador ao mercado de trabalho. Em Minas Gerais, são 108 postos de atendimento, coordenados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). Além de intermediar mão-de-obra, o Sine encaminha os profissionais cadastrados para cursos de qualificação profissional, atende o trabalhador solicitante do seguro-desemprego e disponibiliza informações sobre mercado, por meio de palestras e cursos de competências básicas para o trabalho.
Balanço
A procura pelos serviços dos postos do Sine de Minas Gerais, no mês de maio deste ano, apresentou crescimento em todos os indicadores de intermediação de mão-de-obra. O número de colocados cresceu 57%, comparando com o mês de maio de 2008, com registro de 10.554 colocações, ante 6.729 do ano passado.
O crescimento também foi expressivo nas regiões do Estado, principalmente no Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Rio Doce e Triângulo, apresentando crescimento superior à média do Estado. Na comparação entre os meses de maio de 2009 e 2008, a variação foi de 439% no número de colocados no mercado de trabalho. O Triângulo registrou um crescimento de 176%.