“Para a Emater-MG, 2009 é o ano da excelência em gestão. É o ano em que estamos consolidando todos os esforços. Desde o momento em que começamos a utilizar as ferramentas modernas de gestão, a Emater mudou a maneira de atuação. E nesse ano de crise, tivemos um primeiro semestre difícil, mas conseguimos superar todas as dificuldades”, destaca o presidente.
Economia e atendimento coletivo
Desde de 2008, a Emater-MG tem otimizado os seus recursos. No ano passado, do orçamento da empresa, que era de quase R$ 138 milhões, houve uma economia de mais de R$ 2,5 milhões. A redução aconteceu graças à redução das despesas de custeio. Para 2009, a expectativa é de uma economia de mais de R$ 1,5 milhão, também com despesas de custeio.
“Estamos gastando menos para oferecer mais ao produtor”, acentua José Silva, acrescentando a mudança de foco do atendimento oferecido pela Emater-MG, que hoje prioriza a atenção coletiva. “A assistência técnica individual é raramente feita pela empresa. Estamos cada vez mais adotando os métodos grupais, em que os agricultores tenham em suas propriedades demonstrações práticas do que adotam, para servir de exemplo aos vizinhos, associações e moradores de comunidades próximas “, ressalta, numa referência às chamadas unidades demonstrativas.
Só para o Programa Estruturador do Governo do Estado, Minas Sem Fome , gerenciado pela Emater-MG, a empresa acordou uma meta de atender mais de 230 mil famílias de pequenos produtores rurais. Recursos da ordem de R$ 8,7 milhões estão assegurados para investir em variados projetos de lavouras comunitárias, pomares, tanques de coleta de leite, unidades de processamento de alimentos, apicultura, capacitação de jovens rurais e demais produtores, além de implantação de unidades demonstrativas de café orgânico no Sul de Minas e de ações de apoio à comercialização direta, entre outras.
O Minas Sem Fome é um programa voltado para o combate à fome. O objetivo é buscar a segurança alimentar e nutricional, redução de pobreza, resgate da cidadania e inclusão produtiva, por meio de projetos e ações voltadas para produção de alimentos, agregação de valor e geração de renda, com a venda dos excedentes. Somente para o projeto de capacitação de filhos de agricultores familiares, por exemplo, o Minas Sem Fome qualificou mais de mil jovens rurais. A meta é atingir até novembro mais de 1.400 pessoas na faixa etária de 16 a 29 anos. Serão aplicados R$ 372 mil para este fim.
Além dos programas específicos, as ações pontuais desenvolvidas pela Emater-MG garantiram um bom desempenho da empresa, no primeiro semestre de 2009. Segundo o presidente José Silva, os prognósticos para os próximos seis meses são melhores ainda, principalmente para o segmento que a empresa atende. “Para o 2º semestre, estaremos consolidando as conquistas que tivemos, como, por exemplo, o envio da Lei Geral de Ater para o Congresso Nacional, que sai dos burocráticos convênios e muda a maneira de passar recursos para a extensão rural. Quem vai ganhar são os agricultores, já que poderemos atendê-los com mais qualidade, agilidade e, principalmente, fazer com que a extensão rural seja uma das políticas públicas mais importantes”, diz.