O secretário de Estado Manoel Costa ressaltou que a entrega dos títulos de posse ocorrem por determinação do governador Aécio Nevese do vice-governador Antonio Augusto Anastasia. “O título é o resgate da cidadania com dignidade. Ele é um instrumento para melhorar as condições de produção e de vida”, disse.
“Tenho dito aos prefeitos que é uma ilusão pensar que a grande indústria vai resolver os problemas. A terra é a base, o instrumento para o município se desenvolver. Se tenho a terra e gente disposta a trabalhar, eu produzo e gero riqueza. Vocês são proprietários, são empreendedores. São vocês que geram a riqueza do município, de Minas e do Brasil”, disse o secretário Manoel Costa.
José João de Figueiró Moutinho, prefeito de Francisco Badaró, disse que nasceu no Vale do Jequitinhonha e cresceu ouvindo a afirmação que a região era o Vale da Pobreza, “hoje é o Vale da Esperança e eu tinha medo que se tornasse o Vale da Desilusão. Isso só não aconteceu por causa da visão do governador Aécio Neves. Veio o Proacesso, a telefonia móvel, os programas de combate à pobreza rural e agora o Título da Terra”, destacou. Na cidade foram entregues 137 títulos.
Em Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, foram entregues 123 títulos de propriedade rural.
Em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, foram entregues mais 741 títulos regionais e três urbanos nessa quinta-feira (13). O município é o local onde o processo de regularização fundiária está mais adiantado, mas ainda estão sendo feitos novos cadastros e as medições serão iniciadas na próxima segunda-feira (17).
Em Taiobeiras, também no Norte de Minas, foram entregues mais 166 títulos rurais. Para o prefeito Denerval Germano da Cruz, o documento é um instrumento que vai valorizar o trabalho dos proprietários da terra.
O superintendente do Incra-MG, Gilson de Souza, disse que o órgão assinou, recentemente, um convênio com o Iter no valor de cerca de R$ 15 milhões, sendo R$ 12 milhões do Incra e R$ 3,028 milhões de contrapartida do governo mineiro para regularizar a terra em 69 municípios”.
Depoimentos
Se para as autoridades o título da propriedade é uma segurança jurídica, para os antigos posseiros e agora proprietários, o título equivale a um documento como a Carteira de Identidade ou o Título de Eleitor.
Maria Ribeiro de Araújo, 60 anos, foi com a mãe buscar o título da Fazenda Vereda Suja, em Rio Pardo de Minas. A mãe dela, também Maria, 84 anos, falou por ela: “Agora eu posso morrer tranqüila. Eu não queria morrer enquanto todos os meus seis filhos recebessem o título da terra”, ressaltou.
Amílcar Ferreira de Andrade, 55 anos, mora na Fazenda Mariante. Ele recebeu o título da terra nesta quinta-feira (13). “Agora, eu posso abrir conta no banco. Eu já posso pegar dinheiro para aplicar na fazenda”.