Segundo o Centro de Meteorologia da Cemig a previsão para Minas Gerais nos meses de novembro e dezembro é que as chuvas fiquem até 20% acima da média histórica, principalmente nas regiões Sul de Minas, Central e Zona da Mata.
Para o chefe do Gabinete Militar do Governador e Coordenador Estadual de Defesa Civil, coronel Eduardo Mendes de Sousa, os municípios próximos às barragens devem se preparar para diminuir a vulnerabilidade das comunidades em caso de algum desastre.
“As cidades devem manter contato permanente com a administração das usinas, mapear as áreas de cheias e cadastrar as famílias que moram nas áreas de risco”, alerta.
Em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) a Cemig realiza um planejamento que garante a geração e o fornecimento de energia aos consumidores durante todo o ano e que, ao mesmo tempo, possibilite o controle das cheias. “Para isso, utiliza-se o recurso do volume de espera, que é o espaço vazio no reservatório destinado a amortecer ondas de cheia, contendo parte das águas das chuvas”, adianta o gerente de Planejamento Energético da Cemig, Nelson Benício Marques Araújo.
A Cemig investe continuamente no monitoramento da vazão dos principais afluentes das bacia s hidrográficas onde a empresa possui reservatórios com a melhoria dos modelos de previsão e a implementação de novos postos de medição de chuva e vazão dos rios e afluentes. ”As alterações de vazão consideráveis são informadas aos órgãos competentes e à comunidade ribeirinha em parcersia com a Defesa Civil”, esclarece Nelson Benício.
Comunidade
De acordo com o gerente de Planejamento Energético, a Cemig mantém ainda um canal aberto de comunicação com os órgãos de Defesa Civil estadual e municipais, prefeituras e o Corpo de Bombeiros, além de outras entidades que têm por atribuição prestar serviços de auxílio às comunidades em situação de risco.
A Cemig realiza desde 2005 um trabalho com as comunidades da área de influência dos reservatórios, por meio do Programa Plano de Integração, que consiste em apresentar vários aspectos relativos à operação para controle de cheias, à segurança da barragem, ao uso múltiplo das águas e às questões ambientais.
A Cedec informou que dos 22 municípios vizinhos às oito usinas hidrelétricas espalhadas pelo Estado, apenas dois não possuem uma Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec). Em Minas Gerais, das 853 cidades, 202 ainda não criaram uma Comdec.