Sem limites e amparadas por uma política de “Preços Livre”, as Distribuidoras acumulam um aumento em sua lucratividade somente em 2018 de até R$ 210 milhões mensalmente, chegando a casa dos 2,5 Bilhões Reais ao ano. Este novo aumento do gás de cozinha vem sido divulgado pelas Companhias Distribuidoras e começou a vigorar em 03/09/18. Os reajustes anunciados variam de R$ 2,13 a R$ 4,00 de acordo com a marca, localização e política de preço da Distribuidora.
…”No mês de setembro, ocorre o reajuste salarial dos funcionários das distribuidoras de GLP – é o mês de dissídio da classe.
Como ocorre anualmente, reajustaremos os nossos preços de venda em setembro para cobrir este aumento salarial e outros custos reajustados ao longo dos últimos 12 meses.”…
Fonte: e-mail recebido por revendas associadas
A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR entende como abusivo tal aumento. Um afronto as nossas autoridades de Defesa do Consumidor. Como justiçar um aumento imediato de uma negociação de reajustes salariais dos trabalhadores que ainda não começaram? Que custos são estes que justiçam aumento que chegam à casa dos bilhões de Reais ao ano?
Considerando a média mensal de venda de botijões de 13 Kg de 35 milhões, a cada R$ 1,00 de aumento, as Distribuidoras elevam seus lucros em R$ 35 milhões. De acordo com informações de revendas, em janeiro e maio de 2018, a Petrobras reduziu o preço do GLP residencial em aproximadamente R$ 1,00. Foram R$ 2,00 de redução que não chegaram as nossas revendas, em julho de 2018 a Petrobras subiu R$ 1,00, as Distribuidoras subiram de R$ 1,50 a R$ 4,00. Agora mais um aumento que deve girar em média, R$ 3,00.
A nova política de preços da Petrobras certamente contribui para os aumentos pesados que o setor vem sofrendo, mas ao analisar as margens praticadas pelas Distribuidoras, observamos que os aumentos da Petrobras se perdem diante aos abusos e oportunismos protegido pela política de liberdade de preços. O Governo Federal precisa rever inclusive suas medidas, qualquer redução de impostos, até mesmo subsidio que passe pelo setor, pode se perder com a alegação de uma política de preços livres e ajustes de custos.
A ASMIRG-BR esclarece que o setor revenda de GLP também sofre com aumentos de custos, da necessidade de aumento do capital de giro, com reajustes de salários dos trabalhadores, porém não existe na história um aumento anunciado desta proporção aos consumidores brasileiros.
Com Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR