Dentro do projeto, foram instaladas UDs (Unidades de Demonstração) em culturas irrigadas por pivô central em diferentes polos no estado. O objetivo é implantar e validar uma metodologia de manejo da água de irrigação através de planilha eletrônica que permite aumentar a eficiência do uso da água e da energia elétrica usadas na irrigação.
Dois dos principais insumos quando se pratica irrigação, a água e a energia elétrica devem, por isso, ser gastas de forma racional. Hoje, a irrigação é a atividade agrícola que mais consome energia elétrica dentro do processo produtivo. De acordo com dados trabalhados no projeto, apenas 0,3% dos consumidores usam pivôs, mas consomem 17,3% de toda a energia demandada no meio rural.
Na maior parte das vezes, a irrigação por pivôs não é realizada de forma eficiente. Após instalado, o sistema normalmente não é avaliado, controlado ou monitorado, o que leva a desperdícios tanto de água como de energia elétrica. Estudo feito pela Cemig e pela UFV (Universidade Federal de Viçosa) demonstrou que são gastos em média 28% a mais de energia elétrica do que o necessário na irrigação de lavouras. Isso acontece, sobretudo, devido à falta de um manejo adequado do sistema e por causa de equipamentos mal dimensionados.
Durante os seminários, serão apresentados os resultados obtidos no projeto da Embrapa com a Cemig. Além disso, estão programadas palestras sobre o uso racional da energia elétrica na agricultura e sobre a eficiência econômico-financeira da irrigação. Os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo Paulo Emílio Albuquerque e Camilo de Andrade, além do técnico agrícola Ademilson Santana da Rocha, participam dos eventos. Pela Cemig, participa Antônio Carlos Coutinho.
Clenio Araujo (MG 06.279 JP)
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo