Estimativa feita com base no histórico da movimentação financeira do megaevento de promoções Black Friday, inspirado no famoso dia de descontos nos Estados Unidos, indica previsão de vendas em Minas Gerais de R$ 281 milhões neste ano. A cifra representa cerca de 11% da projeção de receita nacional, de R$ 2,5 bilhões na data, a penúltima sexta-feira deste mês, dia 23.
O site que organiza a megapromoção no Brasil, o blackfriday.com.br, prevê aumento dos negócios das empresas participantes de 19% na comparação com o ano passado. Em Belo Horizonte, a expectativa é de faturamento superior a R$ 132 milhões em 2018.
Segundo o diretor do site, Ricardo Bove, os negócios têm crescido, ano a ano, desde 2010, quando o evento começou a ser realizado no país. “Demonstra o diferencial da Black Friday daqui: ela já nasceu inclusiva por conta do foco no comércio eletrônico, já que o ambiente digital possibilita a participação de todos, inclusive fora dos grandes centros, afinal basta ter internet para participar”.
Ainda segundo o idealizador do evento, as principais intenções de compras, neste ano, seguem o mesmo perfil dos períodos anteriores, a busca por produtos de maior valor agregado e os objetos de desejo do consumidor. Os smartphones encabeçam a lista de itens preferidos no evento de promoções, seguidos de televisores, notebooks e eletrodomésticos.
O Sudeste continua responsável pelo maior faturamento em números absolutos, com vendas estimadas em R$ 1,5 bilhão, mais de cinco vezes à frente da receita de 2013. Todas as demais regiões do Brasil vêm apresentando crescimento percentual constante, tendo elevado sua participação na Black Friday ano a ano.
On-line
O evento deverá permitir incremento entre 17% e 20% sobre o ano passado ao comércio eletrônico, de acordo com a empresa Rakuten Digital Commerce, que abriga 77 mil lojistas e tem 1,2 bilhão de compradores cadastrados. Nas projeções da companhia, que é subsidiária do grupo global de internet e comércio eletrônico Rakuten Inc., o e-commerce deve faturar R$ 2,7 bilhões na data. “Além do aumento de uso das tecnologias antifraude, que proporcionam tranquilidade para o comprador e para o vendedor, as entregas estão cada vez mais rápidas e está mais fácil resolver problemas relacionados à compra, como produtos errados ou com defeito”, diz René Abe, presidente da Rakuten Brasil.
A despeito da crise da economia brasileira, as compras durante a Black Friday têm mantido expansão. A empresa espera aumento de 6% no número de pedidos, que pode chegar a um total de 4,5 milhões em 2018. Já o tíquete médio deve ser de R$ 602, o que representa avanço de 7% em relação a 2017. Sobre as categorias de compras, eletroeletrônicos e smartphones são os mais buscadas pelo consumidor. Roupas e acessórios, calçados, cosméticos e livros também aparecem em destaque nas pesquisas da Rakuten. Entre os produtos mais desejadas, estão, ainda, itens de casa e decoração, esportes e lazer, games e brinquedos.
Com Estado de Minas