O secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha (PT), informou nesta sexta-feira (9) que os servidores públicos do Estado correm o risco de não receberem o pagamento do 13º salário em 2018. Após a primeira reunião com a equipe de transição do futuro governador, Romeu Zema (Novo), nesta sexta-feira (9), na Cidade Administrativa, Cunha falou sobre o benefício natalino.
“A questão do 13º salário é um tema que está presente na preocupação do governo atual. Nós ainda não temos um calendário possível. Existe uma comissão que está debatendo isso com os servidores do Estado. Nossa expectativa é de que nós tenhamos uma definição do 13º salário na primeira quinzena de dezembro”, afirmou Cunha, explicando que o governo está em busca de recursos extraordinários.
“Nós não tivemos alteração da situação econômica do Estado de um ano para o outro. Nós temos um aprofundamento de uma crise. Agora, é claro que nós ainda estamos buscando recursos extraordinários para fazer frente às despesas que o Estado tem. Uma das despesas que nós estamos preocupados é o pagamento do salário e do 13º salário dos servidores”, disse.
No ano passado, o 13º salário dos servidores foi parcelado em quatro vezes e só foi quitado em 2018. A exceção ficou por conta dos funcionários da Saúde e da Segurança Pública, que tiveram o vencimento dividido em duas vezes.
Preocupação
Coordenador da equipe de transição do governo Zema, o vereador Mateus Simões (Novo) mostrou preocupação com a possibilidade de a nova gestão herdar essa dívida com os servidores.
“Fiz essa pergunta ao secretário da Fazenda José Afonso Bicalho (se o 13º seria pago ainda em 2018), e o que ele me disse é que nesse momento ainda não é possível dizer com certeza. Mas é claro que a sinalização que eu tenho ao olhar as contas públicas é que se não tivemos dinheiro em 2017 para fazer o pagamento do 13º salário lá, e que a situação fiscal era menos dramática do que é a atual, acho cada vez mais difícil que o governo consiga fazer o pagamento do 13º salário esse ano, o que a nós da transição causa uma preocupação profunda. Por isso, pedi ao secretário Bicalho, que não só me mantenha informado, mas que faça todo o esforço possível para tentar deixar os servidores atendidos no final do ano”.
Da Redação com EM