Incentivar projetos de diversificação econômica e de agregação de valor para agricultores familiares, além promover a segurança alimentar e nutricional das famílias mineiras. Estes são os principais objetivos do programa Minas sem Fome, projeto estruturador do governo mineiro de combate à fome e à exclusão social. A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), uma das empresas que contribuem para o programa, disponibilizou este ano 114 toneladas da cultivar de milho BR 106, variedade com forte apelo social por ser adequada ao cultivo em pequenas propriedades rurais.
“Nossa expectativa é que o produtor seja auto-suficiente na geração de alimentos após ser beneficiado pelo programa, criando excedentes para o aumento da sua renda. O programa Minas sem Fome mostra a cadeia pesquisa, extensão e campo em sintonia. Ou seja, a Embrapa gera as pesquisas, tecnologias e serviços, a Emater realiza o processo de transferência e o produtor rural é o maior beneficiado”, descreve Derli Santana, chefe-adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Milho e Sorgo.
Durante cerimônia de entrega de insumos do programa nesta terça-feira, 21, o presidente da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), José Silva Soares, reforçou a importância do Minas sem Fome na geração de emprego e renda entre os produtores rurais do Estado. O coordenador técnico estadual do programa, Frank Martins de Oliveira, apresentou as linhas de atuação, que tem abrangência hoje em 776 municípios mineiros.
RECURSOS – As ações vão desde o fornecimento de sementes e mudas para lavouras, hortas, pomares a elaboração de projetos de agregação de valor, de infra-estrutura e apoio e capacitações técnicas. Desde 2004, ano de início do programa, mais de R$ 52 milhões foram aplicados nestas ações e cerca de 360 mil famílias atendidas. Para 2009, segundo Frank Oliveira, estão previstos recursos provenientes do governo de Minas da ordem de R$ 8,7 milhões, além de R$ 26 milhões provenientes do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário).
No mesmo período, de 2004 a 2008, o Minas sem Fome atendeu cerca de seis mil famílias em toda a região de Sete Lagoas. O volume de recursos para lavouras, hortas, pomares, avicultura, apicultura e em ações de capacitação chegou a R$ 1,7 milhões. Diversos municípios que compõem a Amav (Associação dos Municípios do Alto Rio das Velhas) estão sendo beneficiados pelo programa, que é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e tem a Emater-MG como responsável pela sua execução. O programa Minas sem Fome faz parte do Fome Zero, desenvolvido pelo Governo Federal através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Da redação com Embrapa