Uma troca de e-mails entre o engenheiro da empresa de auditoria Walm e um geotécnico da Vale mostra que a mineradora tinha conhecimento sobre o risco de rompimento da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais, desde o início de março. Mesmo assim, ela subiu o nível de emergência da estrutura para 3 apenas na última sexta-feira (22).
Segundo a ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o engenheiro da Walm, Marcelo Riul, diz no e-mail enviado ao geotécnico diretor do corredor Sudeste da Vale que havia indícios de movimentação na estrutura.
“Na última sexta feira, dia 01/03/2019, a partir de verificação das informações de monitoramento recebidos na quinta anterior (28/02) que, contendo indícios de movimentação tanto no radar, quanto nos prismas, indicou uma possível movimentação e, em função deste indício, foi determinada a paralisação de qualquer atividade dentro da mina, para não expor pessoas ao risco”, afirma na mensagem.
O engenheiro diz que as ações tiveram como base “análises que indicam risco de ruptura da estrutura pelo fenômeno da liquefação, tendo os deslocamentos medidos como eventual gatilho de instabilização”. Ele acrescenta que, no período de paralisação, movimentações causadas por fatores externos, como chuva, aumento do nível freático, sismo e aumento das forças de percolação, estão sendo controlados.
Segundo o Ministério Público, “está mais que comprovado” que a Vale “está se omitindo do dever de garantir a segurança das estruturas de barragens de sua responsabilidade” e que a empresa “está ocultando das autoridades estatais a real situação de insegurança de suas estruturas”.
De acordo com o órgão, a mineradora continua a negar que existam barragens em risco, “embora diariamente a população do Estado de Minas Gerais esteja sendo aterrorizada com sirenes e evacuações de pessoas”.
O MPMG também afirma que a Vale deixa para comunicar às autoridades sobre situações de risco em momentos já críticos, uma vez que “a situação de instabilidade das barragens não acontece de um dia para o outro”.
Com O Tempo
Uma troca de e-mails entre o engenheiro da empresa de auditoria Walm a um geotécnico da Vale mostra que a mineradora tinha conhecimento sobre o risco de rompimento da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais, desde o início de março. Mesmo assim, ela subiu o nível de emergência da estrutura para 3 apenas na última sexta-feira (22).
Segundo a ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o engenheiro da Walm, Marcelo Riul, diz no e-mail enviado ao geotécnico diretor do corredor Sudeste da Vale que havia indícios de movimentação na estrutura.
“Na última sexta feira, dia 01/03/2019, a partir de verificação das informações de monitoramento recebidos na quinta anterior (28/02) que, contendo indícios de movimentação tanto no radar, quanto nos prismas, indicou uma possível movimentação e, em função deste indício, foi determinada a paralisação de qualquer atividade dentro da mina, para não expor pessoas ao risco”, afirma na mensagem.
O engenheiro diz que as ações tiveram como base “análises que indicam risco de ruptura da estrutura pelo fenômeno da liquefação, tendo os deslocamentos medidos como eventual gatilho de instabilização”. Ele acrescenta que, no período de paralisação, movimentações causadas por fatores externos, como chuva, aumento do nível freático, sismo e aumento das forças de percolação, estão sendo controlados.
Segundo o Ministério Público, “está mais que comprovado” que a Vale “está se omitindo do dever de garantir a segurança das estruturas de barragens de sua responsabilidade” e que a empresa “está ocultando das autoridades estatais a real situação de insegurança de suas estruturas”.
De acordo com o órgão, a mineradora continua a negar que existam barragens em risco, “embora diariamente a população do Estado de Minas Gerais esteja sendo aterrorizada com sirenes e evacuações de pessoas”.
O MPMG também afirma que a Vale deixa para comunicar às autoridades sobre situações de risco em momentos já críticos, uma vez que “a situação de instabilidade das barragens não acontece de um dia para o outro”.