A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou, nessa segunda-feira (1º), o número de 76 confirmações e de 10 óbitos por todos os tipos de meningites no Estado. Especificamente sobre a doença meningocócica, neste ano foram confirmados quatro casos e dois óbitos.
A meningite é caracterizada por um processo inflamatório nas membranas (meninges) que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
No caso dos vírus, esses podem ser transmitidos pela saliva ou pelas fezes. Já as bactérias geralmente são transmitidas de pessoa para pessoa pelo contato com a saliva. Quando diagnosticada precocemente, o tratamento é bastante eficaz e tem elevadas chances de cura.
Como se prevenir?
Casos da doença ocorrem ao longo de todo o ano, sendo a meningite bacteriana mais comum no inverno e, as virais, no verão. Conheça medidas preventivas:
– Vacinas contra alguns tipos de meningite;
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, ou;
– Usar produtos para a limpeza das mãos à base de álcool.
– Evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres.
De acordo com Fernanda Barbosa, referência técnica em meningites da Secretaria de Estado de Saúde (SES), todos os casos suspeitos de meningite devem ser notificados aos serviços de saúde pública imediatamente para que as medidas de prevenção e controle sejam efetivadas de forma oportuna.
“Para notificar os casos suspeitos de meningite, os profissionais de saúde, serviços e cidadãos deverão entrar em contato com a secretaria municipal de saúde de sua área de abrangência”, explica.
Sintomas
Os sinais e sintomas de meningite podem surgir repentinamente e são caracterizados por febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Mudanças de comportamento como confusão, sonolência e dificuldade para acordar podem também ser sintomas importantes.
No caso de recém-nascidos e lactantes, a doença se manifesta por febre, irritação, cansaço e falta de apetite. Já a forma mais grave da doença, conhecida como meningococcemia, pode ser sinalizada pelo aparecimento de manchas vermelhas ou roxas, pequenas ou grandes, na pele.
Vacinação
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta, no calendário básico de imunização, vacinas que protegem contra vários agentes causadores de meningite.
São elas:
– vacina BCG (MeningiteTuberculosa);
– Tríplice Viral (Meningite por Sarampo e Caxumba);
– Pentavalente (meningite por Haemofilos influenzae b em crianças abaixo de 5 anos de idade);
– vacina meningocócica C conjugada (Meningite Meningocócica do tipo C);
– vacinas pneumocócicas conjugadas 10 valente (Meningite pneumocócica – 10 tipos), e que corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país.
Essas vacinas podem ser encontradas nas salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado.
É preciso lembrar, entretanto, que não existem, até o momento, vacinas eficazes disponíveis contra todos os sorogrupos de meningite meningocócica, nem contra todas as outras centenas de espécies de micro-organismos que também podem causar meningites.
Assim, a vigilância constante e as medidas preventivas continuam sendo imprescindíveis ao controle dessas doenças, assim como ao controle de muitas outras.
Em Minas Gerais, a cobertura da Menigocócica C conjugada está em 88,69% entre os menores de 1 ano e 89,92% entre as crianças de 1 ano completo. A meta de cobertura vacinal definida pelo Ministério da Saúde (MS) para essas faixas etárias é de 95%.
Esquema vacinal
De acordo com a referência técnica Fernanda Barbosa, a orientação é que todos aqueles grupos etários do calendário básico de vacinação de rotina se vacinem, atualizando sua situação vacinal.
“Para crianças menores de 2 anos, a vacina contra a Meningite Meningocócica C e contra o Pneumococo são ofertadas na rotina em três doses. Para adolescentes entre 11 e 14 anos, a vacina contra a Meningite Meningocócica C é ofertada na rotina como reforço em dose única”, informou.
Com Agência Minas