Referência no tratamento contra o câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Instituto Mário Penna pode suspender atividades nos hospitais da rede devido a dívida de R$ 10 milhões não paga pelo governo de Minas Gerais. A suspensão afetaria os serviços oferecidos para moradores de 620 cidades.
Ainda não existe previsão de quando a quitação da dívida será feita, mas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que medidas para contornar a situação estão sendo pensadas visando a regularização dos repasses. O órgão ainda disse que pendências da gestão passada ainda existem, o que pode incidir sobre a questão dos hospitais.
Mário Penna
O instituto administra os hospitais Luxemburgo e Mário Penna, além da Casa de Apoio Beatriz Ferraz, que oferece hospedagem para pacientes em tratamento. Anualmente, são feitos aproximadamente 1 milhão de procedimentos no tratamento contra o câncer.
A rede tinha conseguido, atualmente, manter os atendimentos via SUS utilizando as doações recebidas, que eram empregadas na cobertura de parte do prejuízo. Contudo, a situação agora está mais crítica.
Segundo Gilmar de Assis, presidente do Conselho de Administração, a quantidade de atendimentos feitos está diminuindo por causa da necessidade de diminuição de custos. “Vai chegar um ponto que não tem mais jeito”’, afirma.
Mais de 80% dos pacientes vêm do SUS. O instituto responde por cerca de 70% dos atendimentos dos novos casos de câncer da região metropolitana da capital mineira.
Com O Tempo