Minas Gerais deverá ter, até 2023, duas entre as cinco maiores usinas fotovoltaicas do mundo. Na semana passada, a empresa espanhola Solatio anunciou, após reunião com o governador Romeu Zema, um investimento de R$ 21 bilhões para energia solar no Estado.
O aporte leva em conta a construção de duas plantas – em Janaúba, no Norte de Minas, e em Arinos, no Noroeste – com capacidade de 1.300 MegaWatts-pico (MWp) cada uma. Além delas, há dois projetos em Várzea da Palma, no Norte do Estado, que também podem gerar 650 MWp cada uma.
As quatro ultrapassariam a capacidade de 400 MWp da usina de Marambaia, em Pirapora, no Norte de Minas, do consórcio Solatio/Canadian, que hoje é a maior da América Latina, e que já opera há dois anos. Atualmente, as três maiores plantas de energia solar estão localizadas na Ásia.
Apenas Tengger Desert Solar Park, na China – com 1.547 MWp –, e as indianas Bhadla Solar Park (1.515 MWp) e Pavagada Solar Park (1.400 MWp) possuem capacidade instalada maior que os projetos em Arinos e Janaúba.
No total, o investimento contemplará dez cidades mineiras com usinas nos próximos quatro anos. No entanto, até 2022, a previsão é que 70% do projeto esteja finalizado, segundo afirmou o presidente da empresa, Pedro Vaquer, durante apresentação ao governador do Estado.
O restante do investimento fica para 2023. O governador Romeu Zema afirmou, no encontro com o empresário, que os projetos vão ajudar no desenvolvimento econômico.
“Um governo diferente é o que atrai investimentos, gera empregos e faz um Estado eficiente. É para isso que estamos trabalhando em Minas Gerais”, declarou o chefe do Executivo.
Aportes
Os investimentos da Solatio se somam aos R$ 300 milhões, anunciados pela Cemig no final de junho, em geração e distribuição de energia solar no Norte do Estado.
O presidente da concessionária energética também afirmou, na ocasião, que o plano da Cemig é atingir, num futuro próximo, a meta de 1 GW em geração distribuída – quando empreendimentos que instalam painéis fotovoltaicos enviam a energia para a rede.
Além do alto índice de irradiação solar no Norte do Estado, a mudança de abordagem dos órgãos ambientais com relação aos projetos de energia solar é um dos motivadores para o setor da energia solar, segundo o diretor da Solatio, Pedro Afonseca. “Temos um impacto ambiental quase nulo, e os órgãos também estão vendo assim”, diz ele.
Com O Tempo