Uma mulher (44), acordou na manhã do último sábado (19) com os latidos dos cães na área externa de sua fazenda em Conselheiro Pena, no Rio Doce. Quando chegou até lá para verificar o motivo da agitação dos animais, descobriu a cabeça do marido, de 55 anos, jogada sobre o chão. O suspeito do crime foi visto pilotando uma motocicleta na cidade algumas horas após a morte do homem, mas, depois disso, desapareceu e a Polícia Militar (PM) ainda não o encontrou.
Como contou a esposa da vítima aos agentes, seu marido saíra de casa na sexta-feira (18) para investigar uma queimada próxima à propriedade, no Córrego do Lontra, e não voltou mais. Algumas horas depois, ela encontrou a cabeça do homem e pediu ajuda aos vizinhos, que acionaram os militares para que tentassem achar o suspeito do crime e o restante do corpo do marido. A filha de 14 anos do homem também viu a cabeça do pai jogada no quintal.
Assim, moradores da região se juntaram à família e aos policiais para encontrar o corpo. Um grupo seguiu por um lado da propriedade e, nesse rumo, acharam uma sacola cheia de sangue – há a suspeita de que este tenha sido extraído da vítima. Outro grupo caminhou em direção a um ponto onde há palmeiras e, próximo a duas dessas árvores estava o corpo do homem, há pouco mais de 1 km do ponto onde a cabeça estava. De uma das palmeiras havia sido extraído palmito, e a outra estava marcada por um objeto perfuro-cortante.
É essa informação que levantou a suspeita a respeito de um homem, visto transportando um único tronco de palmito em sua motocicleta pelas ruas do município algumas horas após o assassinato. Este foi procurado, mas permanece desaparecido desde então.
Há a suspeita de que a morte do homem tenha ligações com rivalidades antigas mantidas por ele durante sua luta em defesa do meio ambiente. Segundo familiares, a vítima era bastante ligada a essas pautas e costumava filmar e denunciar aqueles que realizavam intervenções irregulares no meio.
Com O Tempo