O Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental de Juatuba (Codema) foi nessa terça-feira (29) até o rio Paraopeba para verificar denúncias de ribeirinhos que relataram grande mortandade de peixes na região. Conforme o presidente do conselho Heleno Maia, o fenômeno ocorreu de segunda para terça-feira.
“Coletamos espécies (de peixes) para realizar necropsia e saber qual o principal poluente”, informou o biólogo. Um processo administrativo foi aberto e hoje o Codema vai se inteirar melhor da situação para saber a quantidade de animais que foram afetados. “São muitas espécies, não deu para contabilizar tudo”, acrescentou.
O rio Paraopeba é um dos principais afluentes do rio São Francisco.
O pedreiro Mauri Lopes, de 45 anos, se surpreendeu quando viu a cena. “Eu assustei demais. Um rio rico daquele, com tanto peixe morto”, revelou. Ele acrescentou ainda que, desde o rompimento da barragem em Brumadinho, não há pesca no curso d’água. No entanto, o biólogo não acredita que a morte dos peixes tenha relação com a tragédia. “Se fosse o rejeito, haveria mortes em outros lugares”, disse Maia.
A Vale, por meio de nota, informou que construiu três grandes estruturas de contenção e 23 pequenas barreiras que impedem que o rejeito desça pela calha do rio. Além disso, desde março o Instituto Mineiro de Gestão das Águas não detecta níveis de mercúrio e chumbo acima dos limites legais.
Com O Tempo