Importunação sexual é crime e será combatida como tal durante o Carnaval de Belo Horizonte. A garantia vem das forças de segurança do Estado, que além de policiais à paisana ou identificados nos blocos, também reforça as companhias e delegacias para receberem esse tipo de ocorrência.
A importunação sexual se caracteriza como a prática de qualquer ato libidinoso sem consentimento. Segundo a capitão Layla Brunnela, chefe da sala de imprensa da PM, atos devem ser repensados. “O objetivo principal é conscientizar tanto o possível autor como a vítima. A mulher é a principal vítima. Sendo agarrada, puxada, um beijo a força, tocarem em suas partes íntimas com cunho sexual. Se sentindo importunada com uma palavra, uma ofensa, buscar o policial mais próximo, com as características desse autor, para que a gente possa não apenas realizar a prisão desse autor, como também tomar as medidas para que esse fato não volte a se repetir”, afirmou.
Segundo a delegada Isabela Franco Oliveira, da delegacia especializada de atendimento à mulher, Polícia Civil reforçou atuação para esse tipo de crime. “A delegacia conta com uma equipe de reforço a partir de hoje à noite até o final do Carnaval, para possibilitar um atendimento mais célere e mais eficaz das mulheres em situação de violência. As pessoas autuadas em flagrante em razão de importunação sexual serão encaminhadas para a delegacia. Esse crime não permite a fiança na delegacia. Uma vez preso em flagrante será encaminhado ao sistema prisional. É crime. A violência sexual contra a mulher não será tolerada no Carnaval de Belo Horizonte nem no Estado de Minas Gerais”, afirmou.
Andreza Rafaela Gomes, subsecretária de prevenção à criminalidade da Sejusp, salientou que trabalho de conscientização vai acontecer durante todos os dias da festa. “O objetivo é conscientizar a população do que não pode. Determinadas atitudes que a gente presencia no carnaval não são permitidas. Estamos com leques informativos. Todo esse material será distribuído ao longo do Carnaval. É um crime, deve ser denunciado, não deve ser tolerado. Precisamos de uma mudança cultural que deve começar de todos aqueles que querem curtir o carnaval, que é uma festa de alegria, de comemoração, mas também de respeito”, disse.
Com O Tempo