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MG tem dificuldade em fazer contraprova de coronavírus, e pode haver mais casos

Com apenas cinco novos casos confirmados nas últimas 48 horas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) está com dificuldades para realizar a contraprova de exames para comprovar infecção por coronavírus.

Foto: Re/ilustrativaFoto: Re/ilustrativa

Com isso, a pasta estuda modificar a forma com que apresenta os boletins epidemiológicos da doença, ainda sem definição de como serão os repasses à população. Reunião para tratar do tema foi realizada nessa segunda-feira (23).

O principal problema nos diagnósticos, segundo fontes da pasta, é que eles geram subnotificação nos boletins apresentados pela secretaria e, por isso, é provável que existam mais casos de atingidos pelo Covid-19 em Minas do que está sendo divulgado.

A reportagem aguarda posição da pasta sobre os relatos encaminhados desde o último 16 de março, mas ainda não foi respondida. “Quando resolvermos o problema, vai explodir o número de casos confirmados de coronavírus no Estado. Os baixos números registrados são por isso, e não porque, de fato, temos poucos infectados ”, afirma a fonte, que preferiu não ser identificada.

Segundo a SES, há 133 pessoas com diagnóstico positivo para coronavírus em Minas, com 90 casos confirmados em Belo Horizonte e outros 14 mil suspeitos na unidade da federação.

Desde a semana passada, a SES não informa mais o número de casos descartados. Com isso, não é possível saber a quantidade de exames realizados pela secretaria. Há expectativa de que ao menos 5 milhões de testes para o novo coronavírus sejam encaminhados pela União aos Estados nesta semana.

Considerando o último balanço divulgado com casos notificados que não eram de coronavírus e o número de suspeitas na época, foram descartadas, apenas, 279 notificações - o que representava 0,02% do total de ocorrências notificadas pelos órgãos de saúde.

Em coletiva de imprensa nessa terça-feira, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que "todo cidadão que tiver um quadro gripal pode estar com coronavírus", e negou que a pasta esteja escondendo mortes causadas pelo Covid-19.

"O compromisso que temos é com a transparência. Quem faz saúde pública com correção é orientar a sociedade. Não cabe esse tipo de pensamento que estamos escondendo óbitos. Temos neste momento alguns óbitos em investigação. Não há confirmação. Isso certamente acontecerá ao longo do tempo, mas temos que ter parcimônia”, disse o chefe da pasta.

Amaral ressaltou, durante sua fala, que mortes em investigação não configuram confirmações, e que podem haver outras causas para os óbitos. “Temos muitas doenças, muitas viroses, pneumonias, doenças que levam à insuficiência respiratória, que podem levar sintomas próximos ou semelhantes da Covid-19", continuou.

Diminuição

Os aumentos registrados entre terça-feira e quarta-feira pela SES são considerados baixos em relação à curva crescente da contaminação nos dias anteriores.

O surgimento de dois casos diagnosticados na terça e três nesta quarta-feira é discrepante se comparado ao aumento do número de casos da Covid-19 registrado nos últimos dias.

Por exemplo: na última sexta-feira, eram 38 pacientes diagnosticados com a doença; já no sábado havia 55, um aumento de 44,7%.

No domingo, foram 83 casos confirmados, ou seja, um aumento de cerca de 50,9%. Com os 128 dessa segunda-feira, o número de enfermos com coronavírus saltou 54,2%. Bem diferente do 1,56% de terça.

Em contato com a assessoria de imprensa da SES para questionar a razão desse aumento tão baixo nessa terça-feira.

A pasta informou que não aconteceu nada atípico que possa ter provocado uma pequena quantidade de testes positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas.

Com O Tempo



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