A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nesta quinta-feira (30), que o número de mortes por coronavírus subiu de 80 para 82 em Minas Gerais. Outros 81 óbitos seguem em investigação. O estado chegou a 1.827 casos confirmados de Covid-19 – 69 novos casos em um dia.
O informe epidemiológico ainda aponta que, até o momento, são 84.994 casos suspeitos.
Em Belo Horizonte, há 593 casos confirmados de coronavírus, sendo 17 mortes. Um estudo da UFMG apontou que, se não tivessem sido adotadas medidas preventivas de isolamento da população, a capital mineira teria 500 mil infectados até maio.
Foram registradas novas mortes em Belo Horizonte e Betim. A primeira morte em Betim foi confirmada pela secretaria municipal de Saúde nesta quarta-feira (29). Trata-se de uma paciente de 80 anos que tinha histórico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e era portadora de pneumopatia.
A primeira morte em Betim ocorreu após a prefeitura flexibilizar o isolamento no município em um decreto de 22 de abril, que permitia a reabertura do comércio. Nesta quarta-feira, o prefeito Vittorio Medioli (sem partido) voltou atrás e publicou novos decretos que restabelecem o endurecimento das medidas de isolamento social.
A partir de quinta-feira (30), os bares deverão permanecer fechados e outros estabelecimentos terão de cumprir uma carga horária máxima. As igrejas também vão ser obrigadas a cumprir novas determinações. A multa por descumprimento varia de R$ 1 mil a R$ 50 mil.
Perfil dos pacientes
A maioria dos pacientes que morreram em decorrência do novo coronavírus são homens: 44 dos 82 pacientes. E idosos: 66 deles têm mais de 60 anos e 16 têm menos. Além disso, 85% dos óbitos ocorreram em pacientes que já tinham fatores de risco, principalmente hipertensão, diabetes e cardiopatia.
Outros fatores de risco registrados foram pneumopatia, doença renal, transtornos mentais, doença neurológica, tabagismo, neoplasia, hipotireoidismo e doença genitourinária.
No início da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) informava qual era a comorbidade de cada paciente que havia morrido com a Covid-19. Em abril, no entanto, a pasta parou de informar. Questionada, a SES disse que, pela “possibilidade de ocorrência em municípios de pequeno porte”, “os pacientes podem ser facilmente identificados, quando descritas características específicas”. “Assim sendo, no intuito de mantermos a confidencialidade das informações fornecidas pelos pacientes e/ou familiares, passamos a não mais divulgar o descritivo detalhado de informações por paciente”.
O município com mais mortes até agora foi Belo Horizonte, com 17 casos. Em seguida, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 8.
Com G1