Minas tem um padrão de eficiência no enfrentamento à Covid-19 comparável à Coreia do Sul. Essa foi uma constatação feita pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, durante coletiva realizada nesta segunda-feira (4).
Até o momento, o país asiático tem pouco mais de 250 mortes e 10,8 mil casos confirmados. Minas tem 90 óbitos confirmados e mais de 2.300 casos confirmados – além de mais de 89 mil notificações pendentes de resultados.
A Coreia tem 51 milhões de habitantes, enquanto Minas tem uma população de 20,8 milhões de pessoas. A diferença entre os dois é que a Coreia investiu massivamente na testagem da população, isolando as pessoas que testaram positivo para a doença. Já o Estado brasileiro tem dedicado os exames a pacientes graves, profissionais da saúde, presos e asilados.
“Cerca de 11 mil exames foram realizados em Minas e temos em torno de 3,5% de resultados positivos. Isso nos permite aferir como está o Estado como um todo. Temos 90 óbitos confirmados. Se todos os 86 óbitos em investigação forem confirmados, não passaríamos de 200 óbitos, o que faz com que Minas tenha um padrão de eficiência próximo da Coreia”, disse o secretário.
Amaral explicou também que há mais de 89 mil casos suspeitos para a doença porque os profissionais de saúde são orientados a notificar como caso possível de Covid-19 todo quadro gripal. E há uma relativa demora em se confirmar ou descartar um óbito porque existem protocolos a serem obedecidos, após a notificação.
“Quando acontece um óbito por quadro respiratório agudo, com suspeita para Covid, a notificação chega à SES e vamos confirmar se realmente existe essa suspeita. Vamos verificar o tratamento, a estrutura hospitalar, se necessita necropsia”, explica o secretário. “Em nossos boletins, os números de óbitos em investigação ficam entre 80 e 90, mas você perceberá que estão aumentando os números de óbitos descartados”.
Picos da doença
O secretário disse ainda que o ideal é que haja diferentes picos da Covid-19 nas regiões do Estado ao longo do tempo. Até o momento, estima-se um pico no Estado para o dia 6 de junho, que pode variar conforme o isolamento social – se mais pessoas ficarem em casa, o pico é postergado e achatado, mas se houver quebra no isolamento, o pico poderá acontecer antes.
“Picos são sobrecarga na demanda assistencial de saúde. Conseguimos com medidas de isolamento social e uso de máscaras um distanciamento do pico”, afirmou Amaral. “De forma geral, queremos um pico menor possível ao longo do tempo”.
De acordo com o secretário, desde semana passada foi possível observar uma maior mobilidade entre as pessoas nas cidades mineiras, reduzindo o grau de isolamento social no Estado. Então, mais uma vez, ele reforçou a necessidade de que todos fiquem em casa sempre que possível.
Com Hoje em Dia