Com todas as escolas e universidades paralisadas pela pandemia do coronavírus há mais de 60 dias, as incertezas sobre a retomada, em meio ao aumento de casos da doença nas cidades mineiras, crescem a cada dia. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o secretário-geral do Estado, Mateus Simões, disse que ainda não é possível fazer qualquer previsão sobre a volta às aulas.
De acordo com o dirigente, falta segurança imunológica para definir uma data e os alunos podem ser um vetor de risco para a propagação da doença entre as famílias, como tem acontecido na França e nos Espanha, que voltaram com as medidas de restrição após o crescimento dos casos.
“Enquanto a gente não tiver certeza da segurança imunológica, a criança é um vetor de risco. Você colocar várias no mesmo ambiente significa que se uma daquelas tiver, vai levar para a família e ninguém reparar. Elas não podem voltar (para as escolas) antes de ter uma imunidade de rebanho ou vacina”, defendeu.
E sem expectativa de imunização contra a Covid-19 no curto prazo, o secretário-geral enfatiza é necessário aguardar o crescimento dos casos da doença. “Como a vacina vai demorar, precisamos ter um contágio seguro. Na hora que a gente tiver com um volume de pessoas que passaram pela doença, é o momento seguro. Nos Estados Unidos, falam em voltar em agosto. No Brasil pode ser também? Pode ser que sim”, afirma.
Zema vai se reunir com o sindicato
Na próxima semana, o governador Romeu Zema (Novo) vai se reunir com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) para discutir a situação. Conforme a entidade, há muitas particularidades entre as unidades educacionais do Estado, algumas inclusive com dificuldades na implantação das aulas remotas.
A presidente do Sinep, Zuleica Reis, lembra que o encontro vai ser uma oportunidade para iniciar as discussões de um retorno seguro e ter um panorama sobre as perspectivas das autoridades sanitárias sobre a situação em Minas Gerais.
Com O Tempo