O Hospital de Campanha de Belo Horizonte começa a receber, nesta segunda-feira (13), pacientes com Covid-19. A unidade provisória, instalada no Expominas, no bairro Gameleira, região Oeste da capital, vai ofertar, inicialmente, 30 leitos de enfermaria e estabilização para quem estava internado em UTI e já pode continuar recebendo tratamento fora da terapia intensiva, desafogando as vagas na rede convencional.
A triagem dos doentes está sendo feita pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A expectativa é a de que sejam atendidas pessoas que estão nos hospitais Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek. Não haverá atendimento a quem procurar o centro de convenções diretamente.
Em março, quando a estrutura provisória foi anunciada, havia previsão de que o Hospital de Campanha oferecesse pelo menos cem leitos de UTI. Porém, conforme o secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, leitos do tipo não serão montados.
A justificativa é que o Executivo estadual conseguiu ampliar as vagas na rede de saúde desde o início da pandemia de Covid-19, passando de 2.072 para 3.350. Segundo Cabral, com planejamento foi possível estruturar primeiro a rede convencional e só pensar no Hospital de Campanha como reserva técnica. “Essa continua sendo a nossa estratégia, o nosso objetivo”, frisou.
Vale lembrar que a ocupação da terapia intensiva na capital mineira, que também recebe pacientes de todo o Estado, bateu recordes diários seguidos na última semana. O índice chegou a 92%, terminando a sexta-feira (10) em 88%.
Gerenciamento
As obras do Hospital de Campanha, que é administrado pela Polícia Militar (PM), foram iniciadas em 25 de março.A primeira etapa ficou pronta em 3 de abril. De acordo com o governador Romeu Zema, durante o anúncio da abertura da estrutura, feito no último sábado (11), as ações de isolamento social ajudaram a retardar o pico da Covid-19 em Minas Gerais. Portanto, a unidade não se fez necessária até o momento.
Os custos das intervenções giraram em torno de R$ 5,3 milhões – sendo que R$ 4,5 milhões vieram de parcerias com a iniciativa privada. Os gastos com operação da unidade estão sob a responsabilidade do governo do Estado.
Ao todo, 224 profissionais administrativos e da saúde irão atuar no atendimento aos pacientes – a maioria faz parte dos quadros da PM e do Corpo de Bombeiros. Especialistas também foram contratados pela Fhemig.
Com Hoje em Dia