A um dia do pico da pandemia de coronavírus, o Estado de Minas Gerais alcançou a trágica marca de 78.643 infectados em cerca de quatro meses – contados desde o aparecimento do primeiro diagnóstico confirmado em 8 de março. Apenas nas últimas 24 horas, 1.821 mineiros e moradores da região entraram para a lista de casos confirmados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) que nesta terça-feira (14) declarou ainda que 73 óbitos causados pela Covid-19 entraram para a lista de mortes confirmadas apenas entre segunda-feira (13) e esta manhã. Relatório aponta que doença foi responsável pela morte de 1.688 pessoas em Minas Gerais.
Os meses de junho e julho têm sido os piores da pandemia no Estado até então, o que assinala a aproximação do pico. Entre março e 1º de junho, apenas 10.670 casos de coronavírus haviam sido confirmados pela Secretaria, segundo documento publicado ainda à data. Àquela época, 278 óbitos tinham entrado para o registro da pasta.
Um mês e 13 dias depois, o número de infectados em Minas Gerais é cerca de sete vezes maior, enquanto o de óbitos é aproximadamente seis vezes maior que o registrado. O pico está estimado para acontecer nesta quarta-feira (15) e, logo em seguida, a Secretaria acredita que o Estado poderá chegar a um estágio de platô que prevê uma manutenção do número mais alto de contaminações por algum tempo para que, depois, haja uma redução.
Até segunda-feira (13), a Saúde acreditava que 2.500 pessoas estariam internadas na região na data do pico. Entretanto, dois dias antes o número já tinha superado as expectativas e, segundo balanço desta terça-feira, 8.850 mineiros precisaram de internação na rede pública ou hospitalar para tratamento da Covid-19 desde o mês de março. Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede estadual está em 61,41% e em 69,99% em relação às enfermarias. Outra estatística contida no relatório refere-se ao aumento de 975% no número de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em relação ao mesmo período do ano passado.
Belo Horizonte
Cerca de um terço dos casos confirmados em Minas Gerais nas últimas 24 horas pertencem a Belo Horizonte que, entre segunda e terça-feira, pulou de 10.348 moradores infectados para a marca de 11.019 de acordo com os dados do Estado. O número de mortes também aumento na capital mineira desde a véspera e 15 óbitos ocorridos em função da Covid-19 entraram para a lista – ainda nessa segunda-feira, BH contabilizava 270 mortos pela Covid-19, quantidade que chegou a 285 nesta terça.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) reiterou na noite dessa segunda que não cederá à pressão de comerciantes para reabertura, mas declarou que se reunirá com empresários na quarta-feira (15) para discutir a retomada da economia. Kalil estima que será mantida a entrega de cestas básicas à população em situação de vulnerabilidade até dezembro deste ano e se demonstrou otimista quanto os indicadores epidemiológicos em Belo Horizonte. A prefeitura anunciou que já foram abertos mais 20 leitos de UTI na capital mineira.
Com O Tempo