Uma belo-horizontina que vive em Londres, na Inglaterra, é suspeita de causar morte por direção perigosa. De acordo com documento da Justiça britânica, o acidente foi no dia 29 de junho deste ano.
Gardene de Carvalho, de 41 anos, descia dirigindo por uma rua do bairro Barnet, em Londres, quando bateu em dois outros carros estacionados, acertando também a adolescente Victoria Carson, de 13, que andava com a irmã, de 15, na calçada.
A mais velha conseguiu se desviar e disse que a brasileira estava de olhos abertos, parecendo olhar para frente.
Victoria Carson recebeu atendimento médico e chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos traumas na cabeça e no peito.
Quando a polícia chegou, Gardene informou que estava em estado de choque, que não sabia explicar como o carro bateu.
Ela disse ainda que se lembrava de estar dirigindo pela rua quando, de repente, teve um apagão, que não sabia como o carro tinha batido.
A polícia perguntou se tinha algum problema médico que poderia causar o apagão, ela negou, mas disse que tem pressão baixa e que há algum tempo tinha dores de cabeça frequentes, que foi ao médico por isso.
Exames para detectar álcool e drogas deram negativo. Gardene foi presa em custódia e passou por uma audiência em que deu o mesmo relato ao juiz.
Segundo a advogada dela, Tâmita Rodrigues Tavares, de Belo Horizonte, todos os documentos foram apreendidos. A família e a defesa alegam que as autoridades britânicas fizeram essa retenção ilegalmente e que já procuraram o itamaraty.
Ainda segundo Tâmita, a retenção viola a Convenção Internacional de Direitos Humanos porque o Itamaraty precisa ser comunicado pela Justiça britânica quando um brasileiro é suspeito de cometer um crime em solo inglês.
Uma nova audiência está marcada para o próximo dia 30, e nessa data a mineira vai apresentar provas em sua defesa. Na mesma data, a acusação vai mostrar as provas reunidas no local do acidente. A defesa afirma que a brasileira é inocente e o que aconteceu foi um acidente.
A TV Globo entrou em contato com o Itamaraty e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno.
Com G1 Minas