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Aves, mico, tamanduá, cobras e até jacaré são apreendidos em Minas em operação contra tráfico de animais; Sete Lagoas foi alvo da ação

Aves silvestres, mico leão-dourado, tamanduá-bandeira, cobras e até mesmo jacaré foram apreendidos durante operação de combate ao tráfico de animais realizada em seis cidades mineiras e uma no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (17). Pelo menos três pessoas foram presas e três armas de fogo apreendidas, além de documentos.

Foto: Divulgação Ministério PúblicoFoto: Divulgação Ministério Público

Intitulada Macaw, a operação prevê o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ribeirão das Neves, Sete Lagoas, Uberlândia, Caratinga, Manhuaçu, Caraí e Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Entre os alvos, estão médicos, veterinários e advogados. Em entrevista coletiva nesta tarde, a promotora Luciana Imaculada de Paula enfatizou que o objetivo é chegar até aos principais articuladores e não só a quem está transportando os animais.

A operação foi encabeçada pelo Ministério Público, através da promotoria de Caratinga, onde estariam a maior parte dos alvos. Também contou com a participação de vários órgãos, como Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e do comando de policiamento ambiental do Rio de Janeiro.

Até a última atualização desta reportagem, o cumprimento dos mandados ainda não tinha terminado. E, por isso não foi divulgado um balanço dos animais recuperados. Todos que forem identificados como silvestres serão encaminhados para os centros de triagem de animais e de reabilitação para que, posteriormente, possam retornar à natureza.

Durante a coletiva, a Polícia Militar do Meio Ambiente disse que 87 militares e 33 viaturas foram empenhadas na operação. Pelo menos três pessoas foram presas em flagrante, com três armas de fogo. Vários documentos falsos também foram arrecadados. Parte deles em Ribeirão das Neves – alguns já estavam preenchidos com características dos animais e outros estavam em branco.

De acordo com a promotora de Caratinga Ana Paula Lima da Silva, já foi possível constatar que as notas eram falsas.

Segundo a promotora, os criminosos utilizavam um site, com número de telefone, para comercializarem animais silvestres. E foi constatada, inclusive, a utilização do transporte interestadual através de aviões, com guias para transporte de animais, com assinatura de um veterinário, mas registro profissional de outro.

Para identificar se o animal foi produzido em cativeiro ou se foi captado da natureza, além da análise das notas fiscais apreendidas, serão feitos exames de DNA nos animais, segundo a promotora Luciana Imaculada de Paula. “Com resultado da análise genética, que deve sair em 30 dias, vamos ter certeza”, disse.

Também foram apreendidos instrumentos utilizados para transporte de aves, gaiolas, celulares, notebooks e outros equipamentos eletrônicos foram apreendidos em Ribeirão das Neves, Manhuaçu, Sete Lagoas, Caratinga e Uberlândia.

Da Redação com G1



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