Minas Gerais tem hoje 364 barragens, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM). Destas, 12% acionaram protocolo de emergência por apresentarem alguma irregularidade nas estruturas.
A última que apresentou problemas foi a Barragem Xingu, da Vale, localizada na Mina Alegria, em Mariana, na Região Central da cidade. Ela está em nível 2 de emergência. Nesta situação, sirenes são acionadas e planos de evacuação são colocados em prática.
A zona de autossalvamento, onde uma possível onda de rejeitos poderia alcançar, está em área interna da Vale. Por causa disso, “todas as atividades até então realizadas nesse local foram direcionadas para outra unidade”, segundo a mineradora.
Com ela, 46 estruturas acionaram protocolo de emergência no estado. A Barragem Xingu fica próxima da área onde estava a Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, que entrou em colapso no dia 5 de novembro de 2015, matando 19 pessoas.
Ela parou de receber de rejeitos em 1998. “A estrutura é monitorada e inspecionada diariamente por equipe técnica especializada e será descaracterizada de acordo com as normas vigentes”, segundo a Vale.
Das 46 que estão sendo monitoradas por problemas, quatro estão em nível três, o que significa risco iminente de rompimento.
Veja quais são as barragens em alerta:
Nível 1
Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande (Vale)
B, do Complexo Vargem Grande (Vale)
Marés II, do Complexo Fábrica (Vale)
Campo Grande, da Mina Alegria (Vale)
Maravilhas II, do Complexo Vargem Grande (Vale)
Sistema Pontal, do Complexo de Itabira (Vale)
Barragem VI, da Mina Córrego de Feijão (Vale)
Capim Branco, Mina Jangada, do Complexo Paraopeba (Vale)
Forquilha IV, do Complexo Fábrica (Vale)
Itabiruçu (Vale)
Santana (Vale)
Barragem B1/B4 (Mosaic Fertilizantes)
Barragem B1, Brumadinho (Empresa Mineração do Brasil S/A)
Laranjeira, São Gonçalo do Rio Abaixo (Vale)
Dique Auxiliar 5, Nova Lima (Vale)
Barragem da Peneirinha, Complexo Vargem Grande, Nova Lima (Vale)
Marés I, Belo Vale (Vale)
Xingu, Mariana (Vale)
Menezes II, Córrego do Feijão (Vale)
Borrachudo II, Itabira (Vale)
Taquaras, Mina Mar Azul, Nova Lima (Vale)
Dicão Leste, Mariana (Vale)
B1 – A Ipê, Brumadinho (Emicon)
Barragem II Mina Engenho, Rio Acima (massa falida Mundo Mineração)
Barragem Mina Engenho, Rio Acima (massa falida Mundo Mineração)
Dique B3 Ipê, Brumadinho (Emicon)
Dique B4 Ipê, Brumadinho (Emicon)
Área IX, Ouro Preto (Vale)
Baragem 6, Nova Lima (Vale)
Baragem 7A, Nova Lima (Vale)
Dique Paracatu, Catas Altas (Vale)
5 (Mutuca), Nova Lima (Vale)
5 (MAC), Nova Lima (Vale)
B2 Auxiliar, Rio Acima (Minérios Nacional)
Nível 2
Grupo, do Complexo Fábrica (Vale)
Doutor, da Mina Timbopeba (Vale)
Sul Inferior, da Mina Gongo Soco (Vale)
Capitão do Mato, da Mina Capitão do Mato (Vale)
Forquilha II, do Complexo Fábrica (Vale)
Mina de Serra Azul, Itatiaiuçu (ArcelorMittal)
B2 Auxiliar, Rio Acima (Minérios Nacional)
Barragem Xingu, da Vale (Mina Alegria)
Nível 3
Sul Superior, da Mina Gongo Soco (Vale)
B3/B4, da Mina Mar Azul (Vale)
Forquilha I, do Complexo Fábrica (Vale)
Forquilha III, do Complexo Fábrica (Vale)
Interdição
As mineradoras devem entregar, duas vezes por ano, a declaração de estabilidade, que garante o nível de segurança. O documento é feito pela própria mineradora e precisa ser enviado à Agência Nacional de Mineração sempre em março e setembro de todo ano.
De acordo com o o último relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM), 45 barragens eforam interditadas no país por não enviarem ou não atestaram a estabilidade até o dia 30 de setembro. Destas, 42 ficam em Minas Gerais.
Com G1 MG