Uma cozinheira que foi chamada de “nega preta”, “preta de *****” e outros termos racistas pelas sócias do motel onde trabalhava será indenizada em R$ 5 mil por danos morais. O estabelecimento fica em Montes Claros, região Norte de Minas. A decisão, de segunda instância, foi divulgada nesta quinta-feira (3) pela Justiça do Trabalho.
Ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais, a funcionária alegou que “a relação de emprego se tornou insuportável” nos últimos cinco anos “pois passou a sofrer constante assédio moral por parte das proprietárias do estabelecimento”. Além de xingamentos de “nítida injúria racial”, a cozinheira era forçada a “bater metas” a “qualquer custo” e era humilhada com frequência.
O juiz convocado Vicente de Paula Maciel Júnior, relator do recurso, acolheu as alegações da vítima e reconheceu que cabe ressarcimento por dano moral à cozinheira. O magistrado aumentou o valor a ser pago de R$ 3 mil, determinado em primeira instância, para R$ 5 mil. A votação do recurso foi unânime.
Com O Tempo