Com a proximidade do natal, a Polícia Civil alerta consumidores para evitar golpes pela internet na hora de fazer as compras neste fim de ano.
O delegado Wagner Salles destaca que, com a pandemia, as compras on-line se tornaram mais frequentes e consequentemente a ação de estelionatários no meio virtual também cresceu.
“O estelionatário, como grande oportunista, ele aguarda situação do mundo real, para criar os seus golpes e vão migrando, conforme a necessidade”, disse na manhã desta segunda-feira (14). O delegado dá quatro dicas que devem nortear todas as compras pela internet:
1- Buscar informação
2- Ter cautela
3- Desconfiar sempre, sobretudo quando houver grandes facilidades
4- Na dúvida, não fazer a compra
Crimes aumentaram
As ocorrências de crimes cibernéticos envolvendo estelionato aumentaram, tanto em Belo Horizonte quanto em todo o estado.
Em 2018, no período de janeiro a outubro, Minas Gerais teve 3.502 ocorrências registradas de estelionato pela internet. Em 2109, no mesmo período, saltou para 6.700. E, nos dez primeiros meses de 2020, foram 15.025 registros – 124% a mais que no ano passado.
Considerando só Belo Horizonte, foram 1.029 ocorrências de estelionato virtual em 2018, quase o dobro (1.978) em 2019 e 3.916 neste ano, sempre nos períodos de janeiro a outubro.
Golpes mais frequentes
Segundo Salles, por causa do natal, um dos golpes que se tornam frequentes é a criação de sites falsos para vendas, por exemplo, de eletrodomésticos. Na virada de ano, o delegado também pede atenção dos motoristas no pagamento do IPVA, pois há registros de criminosos agindo na falsa cobrança do imposto.
Ao longo da pandemia, a Polícia Civil ainda detectou a ocorrência de outros golpes.
“O crime do falso boleto, o crime do falso leilão de veículos, a clonagem do whatsapp, o crime do parente internado”, enumera.
Na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, um golpe conjuga a atuação on-line e presencial e tem chamado a atenção das autoridades. É o golpe da venda de veículos pela internet, em que o estelionatário se coloca como intermediário da negociação. Ao ver a oferta, o criminoso usa as informações para fazer outro anúncio.
“Na verdade, tanto o comprador quanto o vendedor são vítimas nesse golpe. O estelionatário faz eles acreditarem que ele é um terceiro interessado, que ele tem vontade de comprar para dar de presente para alguém. E pede que os dois não fale um com o outro sobre esse tipo de negociação que está sendo intermediada por ele”, explica a delegada Roberta Sodré.
Segundo ela, o prejuízo neste tipo de crime varia entre R$ 6 mil e R$ 70 mil.
De acordo com o delegado Wagner Salles, quando os cuidados não são suficientes e o consumidor é vítima de golpe, é preciso fazer um boletim de ocorrência. Mas só isso não basta.
“Procurar a Polícia Civil para dar continuidade às investigações. É preciso que todo esse procedimento seja instrumentalizado através do inquérito policial para que se busquem esses autores”, afirmou. Segundo ele, inicialmente, a vítima deve procurar a delegacia de área mais próxima e, se for o caso, ela será encaminhada para uma delegacia especializada.
Com Portal G1