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Estudo sobre Alzheimer da UFMG busca voluntários para avaliar relação entre personalidade e memória

Um estudo que investiga a relação entre a personalidade das pessoas e a memória, em pessoas com mais de 55 anos, busca voluntários. A pesquisa "Você tem boa memória?" é desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a primeira do tipo a ser feita no Brasil, segundo Karen Saviotti, responsável pelo trabalho. O estudo pode auxiliar no diagnóstico precoce para doenças relacionadas ao campo neurológico, incluindo transtornos neurocognitivos, como Alzheimer.

Foto ilustrativa/Reprodução: InternetFoto ilustrativa/Reprodução: Internet

"O trabalho pode auxiliar para que tenhamos ferramentas e possamos entender os pacientes que possam apresentar maior risco de desenvolver a doença", explicou a pesquisadora. O estudo também vai ajudar, segundo ela, a compreender as diferentes velocidades do desenvolvimento do Alzheimer.
Ainda de acordo com a pesquisadora, os trabalhos que já estão em andamento receberam, até agora, mais inscrições de mulheres com ensino superior completo. Por isso, a equipe precisa de diferentes perfis para estabelecer uma amostra de dados mais próxima da diversidade existente no país. Isso direciona o chamado para pessoas analfabetas ou que tenham concluído apenas o ensino fundamental ou médio.

O estudo começou em janeiro e saiu da fase de pré-teste em março. Neste momento, está em andamento a primeira etapa da pesquisa, que realiza a coleta de dados preenchidos nos formulários. Os primeiros testes cognitivos, feitos sempre por videochamada, também já começaram a ser realizados com os participantes.

A intenção é fazer análises semestrais desses aspectos cognitivos num período que pode variar entre um ano e meio e dois anos. No fim de cada avaliação, o participante receberá um relatório do seu desempenho. Assim, é importante que o voluntário se comprometa a participar dos testes durante este período e tenha acesso à internet.

Karen explica que o recorte da idade considera alguns anos anteriores ao início dos processos em que os transtornos neurocognitivos começam a se desenvolver, o que ocorre, geralmente, mais perto dos 60 anos.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a importância da diversidade de público é analisar algumas teorias já existentes. Uma delas aponta que pessoas com maior escolaridade tendem a desenvolver efeito protetor contra os transtornos, já que a aprendizagem provoca a plasticidade do sistema nervoso. Essa teoria leva à existência de evidências de que alguns traços de personalidade específicos são determinantes do processo de envelhecimento.

Quem quiser participar pode acessar o link do formulário ou o site da pesquisa.

Com G1



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