Depois que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) antecipou à TV Globo que as escolas poderão ter o dobro de alunos a partir da próxima segunda-feira (23), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, detalhou à reportagem que o ensino superior presencial será liberado na capital no mesmo dia.
Além disso, ele disse que o novo protocolo para as escolas vai prever distanciamento entre os alunos de apenas 1 metro, em vez dos atuais 2 metros. Isso permitirá colocar em prática a medida anunciada pelo prefeito.
Atualmente, atividades presencias estão autorizadas apenas para estudantes da educação infantil ao ensino médio em Belo Horizonte.
Segundo o secretário, a publicação no Diário Oficial do Município (DOM), com todos os detalhes, será neste sábado (21).
A entrevista exclusiva
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, em entrevista exclusiva ao Bom Dia Minas, nesta quinta-feira (19), que, a partir da próxima segunda-feira (23), as escolas poderão dobrar o número de alunos nas salas de aula. Segundo ele, caso novas restrições sejam necessárias, as instituições de ensino serão as últimas atividades a serem fechadas na capital.
“O que eu tenho para dizer é que os novos estudos disseram que a escola não é problema, então, a partir de segunda-feira, estamos decretando, vamos publicar o protocolo direitinho, dentro do que o Ministério Público quer para a reabertura, vamos dobrar o número de alunos. É uma experiência, e agora eu tenho a plena convicção de que escola não pode fechar”, afirmou o prefeito, sem dar detalhes.
Segundo Kalil, se a população não contribuir para a manutenção dos cuidados preventivos contra a Covid-19, como o uso de máscara e o distanciamento, a cidade pode ser novamente fechada.
“O que chegamos à conclusão é que escola, diferentemente do que foi no início da pandemia, será a última coisa que vai fechar em Belo Horizonte”, disse.
Questionado sobre a demora para a prefeitura planejar um cronograma de vacinação de toda a população adulta em Belo Horizonte, divulgado na última terça-feira (17), o prefeito afirmou que o problema está na entrega de vacinas e que a capital não está “apostando corrida” com outras cidades.
“Quando se aposta corrida, acontece como aconteceu no Rio e em São Paulo. São Paulo está na Justiça pedindo dose porque não tem para dar segunda dose, e o Rio está lá pedindo ao Ministério (da Saúde) e parando a vacinação por três, quatro dias porque não tem vacina, isso não é corrida política, não, isso é técnica e como fazer. Então, Belo Horizonte não teve problema, teve na primeira semana, o resto é vir vacina. Se eu não guardasse vacina, já estava vacinando até o cachorrinho, mas nós temos responsabilidade, não vamos politizar a vacina, não vamos apostar corrida com ninguém”, concluiu.
Com Portal G1