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PIB de Minas supera nacional impulsionado pela Indústria

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais superou o do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP).

Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilFoto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Enquanto a economia brasileira teve uma retração de 0,1%, a mineira cresceu 1,8%, em comparação ao primeiro trimestre deste ano, quando apresentou resultados inferiores aos nacionais. O Estado teve um PIB estimado de R$206,1 bilhões, fatia de 9,6% do PIB brasileiro no trimestre.

O crescimento mineiro é impulsionado especialmente pela indústria, que teve um aumento de contribuição à economia mineira de 4,6%. Segundo o pesquisador da FJP Raimundo Sousa, a indústria sidero-metalúrgica foi a principal responsável pelo avanço na indústria da transformação. “Em segundo lugar, está a produção de celulose, em parte porque a base de comparação foi favorecida, devido à menor produção no trimestre passado. Em terceiro, a produção da nossa indústria química, em que vale destacar a produção de fertilizantes para o nosso agronegócio. Em quarto, vem a fabricação de bebidas, que também teve expansão expressiva”, detalha.

Já o desempenho da agropecuária mineira piorou no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e ficou abaixo dos números nacionais, sofrendo retração de 3,2%. “A safra do café foi determinante para a queda em Minas e no país. Ela tem um um peso muito grande na pauta agrícola e a queda em Minas foi até mais acentuada que no Brasil, chegando a 30,9%. Toda essa questão de falta de chuvas, combinada à geadas no Sul e à bianuidade da safra, que foi baixa neste ano, ajudam a entender o resultado agropecuário negativo”, explica o pesquisador da FJP Thiago Almeida.

O setor de “outros serviços”, que inclui alojamento e alimentação, atividades profissionais e serviços de informação e comunicação, por exemplo, também teve um crescimento maior em Minas do que o Brasil - 1,1%, comparado a 0,9%. O êxito do segmento, de acordo com o pesquisador da FJP Raimundo Sousa, relaciona-se especialmente ao setor imobiliário.

A economia brasileira e mineira não passam, na perspectiva do professor do IBMEC Paulo Casaca, por uma “recuperação em V”, termo utilizado para designar uma intensa retomada econômica após um período de queda expressiva. “No cenário atual, em vez de falar em recuperação rigorosa após a pandemia, a discussão é sobre pressão inflacionária, que deve chegar a dois dígitos no mês que vem, a crise hídrica e instabilidade política e institucional do país”, pontua.

Com O Tempo



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