Os professores e engenheiros agrônomos Adriano Nunes Nesi e Francisco Murilo Zerbini são os únicos mineiros presentes na lista Highly Cited Researchers – uma avaliação da consultoria britânica Clarivate Analytics que elenca os pesquisadores mais citados e influentes do mundo. Os docentes, que lecionam na Universidade Federal de Viçosa (UFV), estão entre os 6.600 pesquisadores de vários países, em 22 áreas do conhecimento.
Divulgada desde 2014, a edição 2021 do levantamento foi publicada no último dia 16. Ao todo, o Brasil está representado com 21 estudiosos de 12 instituições.
A lista é elaborada a partir de uma coleta de dados feita na Web of Science, uma das bases de dados de citações e referências mais respeitadas a nível global. Logo, os selecionados pertencem a um grupo dos mais mencionados por seus pares nos últimos 10 anos.
De acordo com informações da universidade, o professor Adriano Nesi, que leciona na instituição desde 2010, foi pesquisador no Instituto Max-Planck de Fisiologia Molecular de Plantas, na Alemanha. Seus estudos estão relacionados, especialmente, ao metabolismo de carboidratos e interações entre o metabolismo mitocondrial e outras vias metabólicas em plantas.
Em 2014 e 2015, Nesi também foi considerado um dos cientistas mais influentes do mundo na categoria Plant & Animal Science em lista divulgada pela agência de notícias Thomson Reuters, a quem a Clarivate Analytics pertencia até 2016.
Já o professor Murilo Zerbini, que atua na UFV há 27 anos, se dedica à virologia vegetal. Atualmente, os estudos do docente têm como objetivo compreender os mecanismos que favorecem a transferência de vírus de plantas não cultivadas para plantas cultivadas, bem como a emergência de novos vírus em plantas cultivadas.
Além de ser presidente do International Committee on Virus Taxonomy, Zerbini coordena o Laboratório de Ecologia e Evolução de Vírus da UFV – um dos credenciados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para a realização de testes de detecção da COVID-19.
No ano passado, Nesi e Zerbini também estavam entre os 100 mil cientistas mais citados, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Stanford, nos EUA, e publicado pelo Journal Plos Biology.
Da redação com Estado de Minas