Há exatamente um ano, Minas Gerais vacinava a primeira pessoa contra a Covid-19: era a técnica em enfermagem Maria do Bonsucesso Pereira, a Cecé.
“Eu agradeci a Deus e pedi pela cura, que nós estamos precisando é de cura. Nossas crianças estão presas, ninguém está podendo sair. É a nossa liberdade, gente. É a nossa liberdade”, disse ela, à época.
De lá para cá, houve alguns problemas na vacinação, como campanha travada e falta de doses, e, somente depois do segundo semestre de 2021 é que a campanha avançou com um ritmo satisfatório. A partir daí foi possível perceber o quanto a vacinação é fundamental para preservar vidas.
A dona Cecé, com a dose de reforço em dia, conta que o cenário no Hospital Eduardo de Menezes, onde trabalha, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, é outro.
“A gente está tendo casos não tão graves como antes. São casos que dão para tratar em ambulatório, que dão para tratar em enfermaria. E os casos mais graves são daqueles que ainda não acreditam na vacina”.
A técnica de enfermagem Gerusa dos Santos foi uma das primeiras a serem imunizadas em Pedro Leopoldo, na Grande BH, e disse que não é uma questão de crença, mas de ciência.
“Eu como profissional da vacinação, há quase 30 anos, posso afirmar com toda a certeza que vacina salva, como sempre salvou e vai continuar salvando vidas”.
Menos mortes
Um ano depois são quase 15,7 milhões de pessoas com a imunização completa. A vacinação mudou o panorama da Covid-19 no estado, afastando a possibilidade de casos graves.
Em 18 de janeiro do ano passado, foram registrados 2.482 casos em 24 horas e 18 mortes, agora, mesmo com a disparada dos registros, que atingiram atualmente o recorde de 20.810 em um dia, as mortes diminuíram. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nesse período, uma pessoa morreu de Covid-19 nas últimas 24 horas.
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A emoção está estampada no rosto da enfermeira Cristiane Nery, vacinada há um ano. “O sentimento naquele dia foi de muita emoção, muita esperança, fiquei realmente muito emocionada. Um ano após a vacinação, hoje o meu sentimento é de gratidão”, fala Cristiane.
Vilson Rocha é técnico em enfermagem no Hospital Eduardo de Menezes e já completou a imunização.
“Não é porque você vacinou que você vai relaxar o uso de máscara, o distanciamento. Nós temos que ter cuidado principalmente com os nossos idosos”.
Dona Cecé, embaixadora da vacina em Minas, é reconhecida aonde vai e também tem um jeitinho especial de sensibilizar quem ainda não se vacinou.
“A pessoa chega: ‘Você é a Cecé?’. Eu falo: ‘Sim’. Eu posso tirar uma foto, mas só tira foto com a Cecé quem tomou a vacina. E eu peço se não tomou, vai tomar. Estou com o meu cartão lindo. Tomei a vacina da gripe, da influenza, estou com as três doses da Covid. Então eu acho que é por aí, gente, é por aí, é manter o cartão, nosso passaporte de saúde em dia. Não só com a Covid, com as outras vacinas também que são importantes”, salienta.
Com Portal g1