A Prefeitura de Belo Horizonte informou, na tarde desta segunda-feira (31), que casas de teatro, de shows, de espetáculos e similares com público sentado de até 500 pessoas não precisarão mais exigir o comprovante de vacinação da segunda dose da vacina contra a covid-19 e de teste realizados até 72 horas antes da atividade, desde que não haja serviço de alimentação e de bebida.
A nova portaria para o setor de eventos, com ajustes referentes ao último protocolo de funcionamento, será publicada nesta terça-feira (1º). Ainda conforme o município, para eventos com mais de 500 pessoas, a dupla exigência continua válida.
O recuo acontece após repercussão negativa do setor de espetáculos, que fez um protesto em frente à prefeitura, na manhã desta segunda-feira (31).
Artistas que se apresentam em teatros de Belo Horizonte se manifestaram pedindo que o protocolo contra a Covid-19 fosse revisado para que os espetáculos pudessem continuar.
“Estamos querendo que sejamos comparados com o cinema. Os protocolos que vieram para a gente são muito difíceis de serem cumpridos. O ingresso que a gente está fazendo para popularizar o teatro custa menos que 20% do preço do teste de Covid. A gente quer pedir, encarecidamente, ao prefeito e ao secretário de Saúde que eles nos ajudem a continuar com a nossa campanha”, defendeu o diretor, produtor e ator de teatro, Ilvio Amaral.
Carta ao prefeito
Antes da nova decisão do município, o grupo informou que a 47ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança precisou ser paralisada.
Campanha de Popularização do Teatro volta a Belo Horizonte após dois anos suspensa
Os artistas enviaram uma carta aberta ao prefeito Alexandre Kalil destacando que todos os protocolos sanitários são cumpridos e que a retomada das atividades ocorre de forma segura.
“É completamente inviável e insustentável a permanência da cobrança de testes de Covid-19 para realização de eventos culturais com público sentado nos teatros, com lugares marcados, permanecendo de máscaras e usando álcool gel disponível. Temos o desafio de atrair o público novamente para o consumo da arte e cultura. Cobrar testes do público aumenta, significativamente, o custo do ingresso e, por consequência, afasta ainda mais as pessoas do convívio saudável com a arte”, dizia um dos trechos da carta.
“Eu estou muito emocionado. Nós só estamos defendendo o direito no nosso trabalho. A gente quer respeito, trabalhamos sério e vivemos disso .Amanhã já vai sair a portaria, então a gente já está autorizado a voltar com a venda dos ingressos , e a gente vai continuar mantendo os cuidados com o álcool em gel e máscaras”, disse o também diretor, ator e produtor Maurício Canguçu.
Com Portal g1