O governador Romeu Zema (Novo) reafirmou que não concederá reajuste salarial superior a 10% aos servidores públicos, inclusive às forças de segurança, que exigem readequação de 24%. Mas, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11), Zema afirmou que o aumento de benefícios, como vale-alimentação e auxílio-fardamento, podem elevar o salário de servidores da segurança pública de cargos mais baixos em 20%.
Na ocasião, ele também disse que vai vetar uma possível alteração no valor de aumento de 10% para as forças de segurança feito pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
“Nós tínhamos proposto o pagamento para as forças de segurança ampliando o auxílio fardamento de um pagamento por ano para três e agora estamos elevando de um para quatro. O que temos de deixar claro é o seguinte: esse abono fardamento que envolve todos os servidores da polícia civil, militar e penal, até o ano passado correspondia a R$ 1.800 por ano. Com esse aumento para quatro parcelas e não uma mais, estamos saindo de R$ 1.800 para R$ 8.000 por ano. Mais do que quadruplicando”, afirmou.
Segundo o governador, o aumento de benefícios terá um reflexo de cerca de 20% sobre o ganho total dos servidores em cargos mais baixos, porém não chegará a esse patamar entre as posições mais elevadas. “Esse reajuste está bem alinhado com aquilo que estamos concedendo para todas as categorias de servidores civis que tiveram ampliação dos benefícios, principalmente do alimentação. Muitos recebiam R$ 40 e foi reajustado para R$ 75. É um reajuste social, os que ganham menos estão tendo reajuste superior a 20%”, destacou.
A categoria critica a estratégia do governador. No programa Patrulha da Cidade, da rádio Super 91,7 FM, o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), Subtenente Heder Martins de Oliveira, pontuou que o aumento do benefício criaria uma divisão entre os servidores da ativa e os veteranos, quebrando o chamado ‘pacto de gerações’ na hierarquia militar.
“Nosso deadline é deadline é dia 02 de abril. Saia o que tiver que sair: 10%, 20%… mas e o pós? O senhor vai acabar com o pacto de gerações, que nos é muito caro”, enfatizou.
Com O Tempo