No melhor estilo Macgyver, uma máquina 24h para venda de cachaça e cigarros está fazendo sucesso entre a população belo-horizontina. A engenhoca, inventada por Beto Matarazzo, foi uma forma de aumentar os lucros e estender o atendimento dos clientes durante a pandemia.
Já conhecida dos moradores do bairro Padre Eustáquio, na região Nordeste de Belo Horizonte, a máquina viralizou depois de aparecer na página de Instagram BHmeupaís. A postagem do empreendimento “anos luz à frente” já acumula mais de 18 mil curtidas.
A máquina foi criada como extensão da lanchonete da família de Beto, um dos inúmeros estabelecimentos que fechou durante a pior fase da pandemia. Na época, a mulher de Beto, Ingrid, estava grávida do primeiro filho do casal e afastada do trabalho, o que dificultava ainda mais a situação financeira.
Mesmo depois da lanchonete fechar, clientes ainda batiam na porta do empreendedor para comprar doses de cachaça e cigarro, o que acabava incomodando a família. “Através desse incômodo, eu pensei, vou pegar o meu jeito de colocar alguma coisa para esse pessoal comprar o cigarro e cachaça,” conta.
Beto conta que, depois que teve a ideia, buscou inspirações na internet e fez adaptações para criar uma máquina que ficasse do lado de fora e funcionasse por 24h. Depois disso, foi só encontrar alguém que conseguisse fabricar a engenhoca. “Foi uma correria para arrumar o dinheiro para pagar”, relembra.
Na época, a mulher de Beto, Ingrid, estava grávida do primeiro filho do casal e afastada do trabalho, o que dificultava ainda mais a situação financeira. “A gente se reinventou. Falou, ‘vamos ter que dar um jeito para pagar nossas contas’ e então foi essa a ideia”, conta o empreendedor “Durante uns seis meses, a máquina foi a principal fonte de renda da casa”, completa.
“No começo ela dava um dinheiro até muito bom, mas agora as pessoas já se acostumaram”, diz o empreendedor. “Em 2020 ela foi uma novidade no bairro, mas agora todo mundo já conhece”, conta.
“Hoje ela não é a coisa principal, mas já foi”, relata Beto. “A gente já passou perrengue durante a pandemia, mas hoje eu trabalho como autônomo e minha esposa trabalha como balconista”, conclui o empreendedor.
Com Itatiaia