A Polícia Civil está investigando a denúncia de um trote que deixou um estudante em coma, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O jovem, que veio do Maranhão para estudar engenharia, passou por um trote em agosto deste ano e foi internado logo depois com sintomas de uso abusivo de álcool.
Devido ao estado grave de saúde do menino, os médicos chamaram a polícia. No boletim de ocorrência, costa que o estudante foi levado ao local pelos colegas, que alegaram que ele tinha usado bebida alcoólica.
O estudante foi transferido para a Santa Casa de Ouro Preto e intubado por 16 dias. A mãe do jovem disse que ele teria sido obrigado a beber diversos copos de cachaça, e alguns deles misturados com molho de pimenta e soja. Após ter sido embriagado, a vítima teria tomado com banho de água gelada com pó de café.
Ainda segundo a mãe, os médicos teriam citado sinais de abuso sexual, mas que a família não teve acesso aos laudos ou ao boletim de ocorrência. Ela alega também que tentou uma reunião com a reitoria da UFOP, mas não teve êxito.
Após ter recebido alta, o jovem trancou a matrícula e voltou à casa da família no Maranhão, onde faz tratamento médico contra as sequelas do acidente. Ele ainda sofre com crises de ansiedade, queda de cabelo, problemas cardíacos e perda do movimento de um pé.
A UFOP declarou que abriu uma comissão disciplinar e que o trote pode resultar em advertência, suspensão ou expulsão dos estudantes envolvidos. A república onde o estudante morava afirmou que repudia a prática de trotes.
Com Itatiaia