O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), empresa pública que pertence ao Governo de Minas, cancelou a festa de comemoração dos 60 anos da instituição, que seria realizada na Sala Minas Gerais no dia 12 de novembro.
O evento teria show da banda Skank, contratada no dia 5 de outubro por R$ 342 mil após dispensa de licitação, e buffet para 1.200 convidados, que custou R$ 190 mil em licitação concluída no dia 17. Além desses gastos, o próprio BDMG compraria cerveja e espumante para servir aos presentes.
O caso foi denunciado pelo jornal O Tempo na quarta-feira (2). Nesta sexta-feira (4), o banco informou, por meio de nota, que cancelou a comemoração. “O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) informa ter cancelado a solenidade de 60 anos da instituição. Para resolução contratual, o banco está em diálogo com os fornecedores responsáveis pelos serviços de buffet e apresentação artística”, disse a instituição.
“O BDMG informa ainda que eventuais despesas serão arcadas com recursos próprios do orçamento, não impactando o Tesouro do Estado e nem os programas de crédito oferecidos à sociedade”, continua a nota.
O BDMG é um banco público cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Para isso, oferece empréstimos subsidiados ao setor público, como prefeituras, e a empresas do setor privado.
O banco pagaria R$ 7.900 para a empresa Império das Festas, responsável pelo buffet, prestar o serviço aos camarins do Skank e da equipe da banda. Além de refrigerantes, sucos, água de coco e bebida energética, estão na lista tábuas de frios com diversos queijos, potes de açaí, esfirras, caixas de bombons, frutas secas como damasco e ameixas, entre outros itens.
Já os demais R$ 182,1 mil seriam destinados a pagar o buffet para os convidados. Pelo menos 92 garçons serviria salgados frios, salgados assados e petit gourmet (alimentos que, diferente dos salgados, exigem o uso de talheres para serem consumidos).
No edital de contratação, foram apresentadas listas de alimentos para cada categoria, dos quais a empresa de buffet deveria selecionar cinco salgados frios e cinco salgados assados. Entre as opções estavam kebabs de cordeiro com molho de hortelã, folhado de camarão com aspargos, canapé de queijo de cabra, parma e figo ao Porto e blinis com tilápia curada tipo gravlax e crispis de milho.
Já no caso do petit gourmet, deveriam ser servidos três variedades de 100g, com opções de carne vermelha, carne branca e vegetariana. No edital, são citados bobó de camarão, risoto de calabresa defumada com queijo brie, risoto vegetariano, tropeiros e outras refeições.
O BDMG ainda havia separado R$ 15 mil, além do valor da contratação, para eventualmente ressarcir a empresa de buffet caso houvesse danos como quebra de copos, das taças, da louça de porcelana, entre outros utensílios utilizados no serviço.
Da redação com O Tempo
