A situação em Minas Gerais está caminhando para uma epidemia de dengue que pode se tornar uma das piores do Estado. Nas dez primeiras semanas de 2023, os casos prováveis da doença atingiram 83.911, superando o número registrado nos anos epidêmicos de 2010 e 2019, de acordo com um balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
No entanto, a situação pode ser ainda mais preocupante, uma vez que os dados deste ano são parciais e não incluem todas as notificações dos municípios. Se forem considerados os números consolidados das primeiras seis semanas de 2023, a curva de casos já ultrapassou a de 2013 e é inferior apenas à de 2016, o ano da maior epidemia de dengue em Minas. “Ultrapassamos três dos quatro anos epidêmicos que tivemos. É uma situação preocupante”, alerta a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano.
Diante do aumento da doença, que se espalha por todas as regiões do Estado e já causou nove mortes (ainda há 40 óbitos em investigação), o governo de Minas está lançando campanhas educativas sobre como combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Além disso, afirmou que está dando “orientação, qualificação e apoio aos municípios, além do envio da Força Estadual em Arboviroses para ações complementares junto às equipes municipais em território de maior atenção e necessidade”, de acordo com uma nota divulgada.
Chikungunya também preocupa
Avanço desenfreado da chikungunya em Minas Gerais preocupa autoridades de saúde. Conforme o Ministério da Saúde, o Estado lidera em número de casos prováveis da doença no país. Em apenas nove semanas de 2023, já foram notificados 27.514 casos, um aumento de 2.245% em relação ao mesmo período do ano anterior. Montes Claros é a cidade mais afetada, com 4.870 casos prováveis. Diante dessa situação, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais ainda não descarta a possibilidade de uma epidemia de chikungunya no Estado. A prefeitura de Montes Claros afirma estar empenhada no combate ao mosquito Aedes aegypti, incluindo a ampliação do quadro de agentes de combate a endemias e uso de fumacê.
da redação com informações de O Tempo