O Governo de Minas aposta em uma biofábrica de mosquitos Aedes aegypti modificados com a bactéria ‘wolbachia’ para combater a dengue, a zika e a chikungunya. As instalações, no entanto, só ficam prontas em 2024.
Em entrevista para a Rádio Itatiaia, o governador Romeu Zema (Novo) expressou preocupação com as doenças, que dispararam nos últimos meses, admitindo a falha do executivo estadual no combate à dengue.
“Estamos orientando todos os municípios sobre a condução clínica de pacientes. Nessa altura do campeonato não há muito o que se fazer com relação a medidas preventivas. Tivemos um atraso na aquisição do inseticida, que é sempre feito pelo Governo Federal. A grande questão é que, provavelmente, esse será o último ano em Minas com uma taxa o incidência elevada em que nós não teremos uma arma potente”, explica.
A ideia é que a biofábrica de mosquitos entre em funcionamento no ano que vem, e que isso derrube os novos casos. Os insetos infectados com a bactéria não conseguem se reproduzir, o que derruba a população do mosquito aedes.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Minas já registrou mais de 105 mil casos prováveis de dengue; em relação à febre chikungunya, foram confirmados 9 mil casos em 32 mil registros prováveis. Duas pessoas já morreram com a doença no estado, e outras 13 mortes estão em observação. As regiões com maior risco de epidemia são a metropolitana, Norte e Triângulo.
O Secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti conta que a febre chikungunya tem crescido muito, mas é a doença menos letal entre as transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. A chikungunya causa dor articular por mais tempo. São até seis meses com dor.
Baccheretti reafirma que as mortes por dengue são evitáveis, e que o papel do Estado é explicar e treinar os profissionais de saúde sobre o manejo ideal da dengue para garantir que o paciente que apresente sinais seja atendido rapidamente e receba o tratamento adequado.
Da redação com Itatiaia