Vítima de violência doméstica, uma mulher de 31 anos escreveu um pedido de socorro em uma carta e pediu ao filho que entregasse o recado a diretores da escola onde ele estuda na cidade de Engenheiro Caldas, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. A partir do relato, a família recebeu assistência das autoridades. O suspeito das agressões segue procurado.
No documento, a mãe relatou que sofria agressões físicas e psicológicas, ameaças e maus-tratos. Os quatro filhos dela, frutos de outro relacionamento, também eram vítimas. A mulher afirmou que era proibida de sair de casa, que não tinha privacidade para ligar para parentes e que só podia usar as roupas autorizadas pelo homem.
O documento chegou às mãos da diretora de uma escola municipal da cidade após ser entregue pelo menino de 10 anos. A mulher também é mãe de outras três crianças, de 12, 8 e 6 anos. Ela vivia em união estável com o suspeito das agressões há cerca de 10 meses.
Diante da gravidade das informações, a diretora da escola acionou a Polícia Militar, que localizou a casa da família na zona rural de Engenheiro Caldas. A vítima confirmou a autoria da carta e compartilhou detalhes sobre sua convivência com o agressor.
A mulher relatou que ela e os filhos eram constantemente privados de liberdade, sendo proibidos de sair de casa. As crianças eram impedidas de brincar e estudar, sendo forçadas a realizar trabalhos pesados e perigosos.
No último domingo (21), o homem teria agredido a mulher com golpes de facão, resultando em um corte na mão esquerda da vítima. Após as agressões, ele manteve a vítima trancada em um quarto da residência, enquanto os filhos ficaram trancados em outro cômodo.
Os policiais encontraram na casa duas espingardas de fabricação caseira, que eram usadas pelo suspeito para ameaçar a mulher e os filhos. As vítimas receberam assistência do Conselho Tutelar da cidade.
Apesar do rastreamento realizado pelos policiais, o autor ainda não foi localizado.
Com O Tempo