A Cemig e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) firmaram ontem (3/7) um acordo de parceria para adesão das entidades filiadas ao Mercado Livre de Energia. Esse ambiente, presente há mais de 20 anos e que antes atendia apenas grandes indústrias em alta tensão, será expandido a partir de janeiro de 2024 para incluir também as empresas do grupo tarifário A atendidas em média tensão, ou seja, em 13,8 kV. Isso permitirá que tal classe de consumidores escolha o fornecedor de energia de sua preferência, com a vantagem de obter preços mais competitivos.
O diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, o diretor de Comercialização da empresa, Dimas Costas, e o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, estiveram presentes na cerimônia de assinatura. O acordo firmado estimula os associados da Federação a aderirem à modalidade de compra de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL), especificamente na modalidade varejista.
Para o presidente da Cemig, essa parceria é mais um passo em direção a Minas Gerais, uma vez que a indústria mineira terá a oportunidade de se beneficiar com descontos significativos no ACL. “A indústria sempre foi um indutor de desenvolvimento da sociedade, inclusive, muito ligada ao conceito de transformação, de evolução. Com esta nova modalidade, uma grande parcela de clientes da companhia poderá obter grandes benefícios ao migrar para o Mercado Livre, pois, além de poder contar com condições especiais no preço da energia, serão atendidos com geração proveniente de um parque gerador 100% renovável e limpo”, pontua.
Segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, a Cemig sai na frente com essa nova modalidade e a instituição identificou uma ótima oportunidade de oferecer benefícios aos seus associados. Além dos descontos, os associados contarão com a facilidade de adesão, eliminando a burocracia e dispensando a assinatura de contratos take or pay, que são mais complexos e obrigam ao pagamento de toda energia contratada, mesmo que não seja consumida. “Neste novo modelo, o contrato é simples, e funciona como um cliente cativo: o contratante paga pelo que consome, e com a garantia de bons descontos e energia limpa, com a credibilidade da Cemig. Nossa área de energia analisou e entendeu que é o produto mais simples do mercado, o que possui menos burocracia e o de menor risco para o cliente fazer a opção, já que conta com a credibilidade que a empresa já possui”, ressalta Flávio.
Expectativas
Com as alterações, aproximadamente 180 mil unidades consumidoras de todo o país, incluindo supermercados, shopping centers, indústrias de pequeno porte e condomínios, poderão ser representadas por agentes varejistas perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Em Minas Gerais, estima-se que haja cerca de 13 mil clientes em potencial para aderir a essa modalidade. Esse modelo já está consolidado em diversos mercados de energia ao redor do mundo, incluindo Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Reino Unido e França.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), nos últimos 20 anos, o ambiente de contratação livre proporcionou uma redução acumulada de despesas com energia da ordem de R$ 339 bilhões, sendo R$ 41 bilhões apenas em 2022.
Comprando energia online
A Cemig lançou no último mês um site de e-commerce que permite a negociação totalmente digital, desde a simulação da oferta com descontos personalizados até a contratação da energia, na modalidade varejista. Agora, os clientes de média tensão de todo o Brasil podem acessar o site energialivre.cemig.com.br e realizar suas contratações.
“O Energia Livre Cemig foi construído para que os clientes possam ter a melhor experiência de compra, aliando a solidez do Grupo Cemig à tecnologia e à inovação. O mercado livre de energia, que já era uma realidade para os clientes de maior porte, agora está disponível para todos as unidades conectadas à média tensão, que já podem garantir a compra de energia e migrar a partir de janeiro de 2024”destaca Dimas Costa, diretor de Comercialização da Cemig.
Da Redação com Cemig