O número de ações trabalhistas por assédio moral nas empresas deve fechar este ano com crescimento se comparado a 2022. Se os dados se mantiverem até dezembro, a elevação pode chegar aos 15%. De janeiro até agora, 1.500 processos já foram contabilizados.
O ex-atendente de telemarketing Marlon Rodrigues relatou o assédio moral que sofria no antigo emprego. “Tive uma experiência negativa no trabalho. Quando eu não batia a meta da empresa, eu não tinha paz”, relatou.
Ele contou que, mesmo nos intervalos, o supervisor acompanhava o funcionário. “Se eu saia para ir ao banheiro, o supervisor ia no mesmo horário. Parecia estar perseguindo. Eu sentira que era inútil e não tinha vontade de fazer nada”, acrescentou.
O desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, que atua no Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região em Minas Gerais, detalhou quais as ações podem ser consideradas assédio moral no emprego.
“Trata-se daquela situação que o chefe exacerba no seu poder diretivo. Então, o patrão pode dirigir, pode mandar, pode dar ordens. Ele só não pode humilhar, não pode discriminar, não pode perseguir. Existem os chefes tóxicos ou até colegas tóxicos, aqueles que abusam. Isso pode levar o trabalhador a ter síndromes diversas, como depressão e transtorno de ansiedade”, explicou.
Com Itatiaia