Um recente estudo realizado em parceria entre a plataforma de vendas online OLX e a AllowMe, especializada em segurança digital, trouxe à tona uma realidade surpreendente: em Minas Gerais, os homens são os mais vulneráveis às fraudes digitais. De acordo com os dados revelados, impressionantes 79% das pessoas que caem em golpes digitais no estado são do sexo masculino. Além disso, há um recorte etário relevante, pois 65% das vítimas têm até 31 anos de idade. Beatriz Soares, vice-presidente de produtos da OLX Brasil, explicou os motivos por trás dessas estatísticas alarmantes.
Segundo Beatriz, os números refletem diretamente o perfil demográfico dos usuários do comércio eletrônico. Dado que a maioria das pessoas que realizam compras online são, em sua maioria, homens com menos de 31 anos, não é surpreendente que esse grupo seja o mais afetado pelos golpes digitais.
O estudo identificou um total de 3.289 golpes aplicados em transações de compra e venda pela internet em Minas Gerais. Os tipos mais comuns de fraudes incluem a coleta de dados, que representa 34% dos casos, e a invasão de contas, com 24%. Em nível nacional, Minas Gerais ocupa a terceira posição na lista de estados mais afetados por esses golpes, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Os mineiros respondem por 9% de todas as fraudes aplicadas no Brasil, resultando em um prejuízo estimado de R$ 11,8 milhões.
Beatriz Soares ressaltou que todos esses golpes possuem características em comum, mas é possível entender como cada um deles funciona. Abaixo, apresentamos os principais golpes identificados:
- Coleta ou roubo de dados:
O roubo de dados é o golpe mais frequente no ambiente digital. Os golpistas utilizam aplicativos de mensagens ou fazem ligações telefônicas, empregando técnicas de “engenharia social” para persuadir as vítimas a compartilharem informações pessoais, como números de telefone, CPF, endereços e até mesmo dados bancários e senhas. Com essas informações em mãos, os golpistas podem realizar desde ações simples, como criar anúncios fraudulentos em nome das vítimas, até invadir contas bancárias.
- Invasão de conta:
Além de acessar contas com base nos dados coletados, os criminosos também exploram senhas fracas ou reutilizadas em múltiplos sites e plataformas online. Uma vez dentro da conta, os estelionatários publicam anúncios de produtos inexistentes nas redes sociais da vítima. Quando alguém realiza a compra do item anunciado, o dinheiro é direcionado para a conta do golpista. Esse tipo de fraude acaba prejudicando duas pessoas: o titular da conta invadida e o comprador enganado.
- Compra e venda Falsas:
Neste golpe, os criminosos entram em contato com vendedores, simulam comprovantes de transferências bancárias e recebem os produtos sem efetuar o pagamento. Outra tática é anunciar um produto inexistente e exigir um adiantamento como condição para a entrega. Após a transferência, o golpista desaparece, deixando a vítima com um prejuízo financeiro.
Para evitar cair em golpes digitais, especialistas recomendam não compartilhar informações sensíveis, como números de telefone, CPF e endereços, além de evitar a reutilização de senhas em diversos sites. A utilização de senhas fortes, a troca regular dessas senhas e a atenção durante transações online são medidas essenciais para proteger-se contra fraudes. Além disso, ao negociar em sites de compra e venda, é aconselhável utilizar o chat oficial da plataforma e verificar as transferências antes de enviar produtos. A vigilância constante durante atividades online também é fundamental para manter a segurança digital.
Da redação com Por Dentro de Tudo.