Mais uma empresa que atua na conversão de milhas por passagens aéreas pediu recuperação judicial: dessa vez é a Maxmilhas, com sede em Belo Horizonte. A entidade entrou com solicitação na quinta-feira (21) ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para ser incluída no processo onde também está a 123milhas.
As duas empresas realizaram uma fusão em janeiro deste ano, mas operavam independentemente. Ainda assim, a Maxmilhas admite, no pedido, que a operação de uma depende da outra. A crise da 123milhas interferiu nos negócios da Maxmilhas, que também fez uma demissão em massa e atrasou pagamento de clientes. Em um mês, segundo a empresa, o faturamento com venda de passagens caiu 70% e com hospedagens, 90%. A dívida da Maxmilhas atinge R$ 226 milhões.
No pedido encaminhado à Justiça, a Maxmilhas reconhece a suspensão da recuperação judicial da 123milhas, mas afirma que, caso não seja incluída no processo, pode não ter condições de continuar funcionando. Mesmo suspensa, a recuperação judicial garante a adiamento da execução de ações contra a empresa por seis meses.
Por isso, a 123milhas não está mais pagando os clientes que deve, o que será feito somente no contexto da recuperação. A Maxmilhas pede, ainda, a inclusão da plataforma de hotelaria Lance Hotéis na recuperação judicial.
A Maxmilhas foi fundada em 2012, em Belo Horizonte, por Max Oliveira. Ela afirma ter viabilizado 12 milhões de viagens ao longo de sua história. Depois da demissão em massa realizada em agosto, a empresa tem, atualmente, 328 funcionários diretos.
Da redação com O Tempo