O Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Souza, forneceu informações detalhadas sobre uma série de iniciativas em andamento no estado de Minas Gerais. Isso inclui a possibilidade de concessões adicionais de estradas, especificamente nos trechos da MG-10 e MG-424, que abrangem áreas como Santa Luzia, Serra do Cipó e Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. O governo de Minas está considerando essa medida para o final de 2024, embora reconheça que isso implicaria na introdução de novos pedágios para os motoristas.
A justificativa por trás dessa ação é a busca por investimentos adicionais nas vias, visando aprimorar as condições de tráfego e aumentar a segurança para os usuários. O Secretário Pedro Souza enfatiza que qualquer decisão desse tipo será tomada após consulta e consideração da opinião pública, garantindo que a voz da população seja ouvida.
Além disso, durante uma entrevista ao Hoje em Dia, o chefe da Secretaria de Estado de Infraestrutura detalhou outras iniciativas destinadas a melhorar a infraestrutura rodoviária de Minas Gerais. Isso inclui a implementação de redes 4G ao longo das estradas, a construção de uma nova linha de metrô, modificações na Rodoviária de Belo Horizonte, trabalhos relacionados ao Rodoanel e a introdução de uma tarifa integrada para o transporte público na região metropolitana. Essas ações buscam aprimorar a mobilidade e a qualidade de vida dos habitantes do estado. Confira alguns trechos da entrevista:
“O senhor assumiu o cargo de secretário de Infraestrutura há seis meses. Quais são os principais desafios e objetivos?”
“O tempo passa voando aqui. Eu diria que temos duas principais prioridades. Uma delas é recuperar toda a malha rodoviária do Estado e, para isso, temos um grande desafio, pois temos a maior malha do país. São mais de 21 mil quilômetros de estradas pavimentadas e que ficaram muito tempo com um volume de investimento baixo. E estamos muito animados e esperançosos. Se a gente pegar a média anual de investimento do Departamento de Estrada e Rodagem (DER) na última década, girava em torno de R$ 300 milhões ao ano. E esse ano nós estamos buscando fechar na ordem de R$ 1,5 bilhão. Cinco vezes mais do que a última década.”
“Temos a informação de que o Estado prepara novos lotes de rodovias para concessão na Grande BH. Onde seriam esses novos investimentos?”
“Estamos fazendo estudos de mais 2,5 mil quilômetros de rodovias que podem ser concedidas. Seria um lote aqui na parte norte da região metropolitana, um lote da Zona da Mata e um lote do Noroeste de Minas. Então estamos falando aqui da própria MG-10, da MG-424, da saída de Santa Luzia indo até a Serra do Cipó, a região de Pedro Leopoldo, então toda essa região que a gente sabe que tem um desafio de ampliação de capacidade e que tem sido um gargalo para quem circula diariamente. Estamos estudando para modelar uma futura concessão a partir do final do ano que vem, muito provavelmente. Ainda estamos nessa fase inicial dos trabalhos de modelagem, mas estamos incluindo os principais gargalos logísticos do vetor norte de Belo Horizonte que a gente sabe que é um eixo de crescimento aqui da capital. Para tentarmos tirar isso tudo do papel, vamos fazer um estudo junto ao BNDES.”
Uma vez concluída a viabilidade deste trecho, vamos fazer todo um processo amplo de diálogo com a comunidade e a sociedade civil de consultas públicas para termos um edital e lá na frente um leilão. Então isso é uma construção que começa agora e a gente imagina o leilão para daqui a um ano e meio.”
“Qual o balanço de estradas concedidas em Minas?”
“Nós temos hoje seis concessões rodoviárias, sendo que quatro foram implementadas há aproximadamente um ano. Além do Rodoanel, tem o Lote 1 no Sul de Minas, o Lote 2 na região do Triângulo e assinamos agora, há pouco mais de uma semana, o Lote 3, que foi batizado de Vias do Café, ligando São Sebastião do Paraíso a Três Corações. Se a gente juntar, então, esses três lotes concedidos estamos falando aproximadamente de 2,4 mil quilômetros concedidos, de uma malha de pouco mais de 21 mil quilômetros. Pouco mais de 10% da nossa malha está concedida. Estamos buscando parcerias visando novas concessões ao longo de 2024, 2025 e 2026.”
Veja a entrevista completa para o Hoje em Dia aqui.
Da Redação com Hoje em Dia