A Polícia Civil prendeu em flagrante, na última quarta-feira (22), o maestro Patrick Ricardo de Aguilar, de 40 anos. Ele é suspeito de estuprar uma aluna, de 13 anos, da Banda Mirim de Diamantina.
No fim da manhã desta sexta-feira (24), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o músico recebeu liberdade provisória da Justiça. De acordo com a delegada Kíria Orlandi, a vítima faz parte do grupo musical que atua na Vesperata de Diamantina. O evento é um tradicional concerto noturno a céu aberto, realizado anualmente na cidade, que fica no Vale do Jequitinhonha.
A Guarda Civil atendeu a ocorrência, que foi encaminhada à Delegacia de Atendimento à Mulher do município, onde a adolescente e o suspeito prestaram depoimento. Ele foi preso por estupro de vulnerável, mas, no fim da tarde desta quinta-feira (23), recebeu um alvará de soltura.
Ainda segundo a delegada, o maestro já foi indiciado pela polícia em 2019, pelo mesmo crime. Um inquérito foi aberto para investigar o caso. “As investigações estarão a cargo da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Diamantina, que já indiciou esse mesmo indivíduo em 2019 pela prática de fatos análogos. Se você tiver alguma informação que possa contribuir com a investigação, entre em contato com a Deam pelos telefones (38) 3531-6650 ou (31) 9 7558-3029″, informou a delegada.
Patrick de Aguilar ocupava cargo público na Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico da cidade e era um dos responsáveis pela Escola de Artes e Música de Diamantina. Ainda na quarta-feira, o prefeito Juscelino Brasiliano Roque (DEM) assinou um decreto exonerando o músico da função (veja abaixo).
A defesa do maestro informou que ainda não teve acesso integral aos autos, mas que o suspeito é inocente e que a inocência dele será provada no decorrer do processo. Por nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e um inquérito foi aberto para apurar detalhes do caso.
De acordo com o jornal O Tempo, outros casos de assédio estão vindo à tona com a acusação de Patrick de Aguilar: “Várias denúncias desde 2019, várias tentativas para que tirassem esse monstro da banda. Vários anos de angústia, de meninas na banda com medo do que poderia acontecer, desistindo da música por medo desse monstro. Finalmente acabou. Que ele apodreça na cadeia”, escreveu uma mulher. “Quem já fez parte da banda mirim sabe. Muita coisa vai aparecer ainda”, disse um rapaz. “Graças a Deus, a Justiça foi feita. Uma amiga lutava por isso”, disse uma jovem.
Da redação com G1 e O Tempo